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Podcast do ano 2022 (Prémios Podes). O 45 Graus é um podcast para todos, mas não para qualquer um(a); um espaço para saber mais e pensar criticamente. José Maria Pimentel – curioso por natureza e economista por formação – recebe para a conversa especialistas e pensadores de áreas muito diferentes: ciência, sociedade, economia, política, negócios, filosofia e muito mais. O 45 Graus é um projecto independente financiado pelos mecenas. | Leia o livro «Política a 45 Graus» (https://bit.ly/3ufDKXS), uma reflexão sobre as divisões da política contemporânea. | Ouça o «45 Graus Xpress» para episódios 15 min. | Capa: Constança Soromenho

45 Graus José Maria Pimentel

    • Society & Culture
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Podcast do ano 2022 (Prémios Podes). O 45 Graus é um podcast para todos, mas não para qualquer um(a); um espaço para saber mais e pensar criticamente. José Maria Pimentel – curioso por natureza e economista por formação – recebe para a conversa especialistas e pensadores de áreas muito diferentes: ciência, sociedade, economia, política, negócios, filosofia e muito mais. O 45 Graus é um projecto independente financiado pelos mecenas. | Leia o livro «Política a 45 Graus» (https://bit.ly/3ufDKXS), uma reflexão sobre as divisões da política contemporânea. | Ouça o «45 Graus Xpress» para episódios 15 min. | Capa: Constança Soromenho

    #161 Vicente Valentim - "Afinal, o voto na direita radical é ideológico ou de protesto?"

    #161 Vicente Valentim - "Afinal, o voto na direita radical é ideológico ou de protesto?"

    Vicente Valentim é cientista político na Universidade de Oxford. O seu doutoramento em ciência política, pelo Instituto Universitário Europeu, valeu-lhe vários prémios, incluindo o prémio Jean Blondel para a melhor tese em ciência política e relações internacionais escrita numa universidade europeia. O seu trabalho estuda o que os cidadãos consideram aceitável fazer numa democracia, de onde essas percepções vêm e como mudam. Os seus artigos foram publicados em várias das mais prestigiadas revistas académicas internacionais. O seu primeiro livro, acerca da normalização da direita radical, sairá em 2024 em inglês (“The Normalization of the Radical Right”, Oxford University Press) e em português (“O Fim da Vergonha—Como a Direita Radical se Normalizou”, publicado pela Gradiva a 16 de abril). Mais informação acerca do seu trabalho pode ser encontrada em www.vicentevalentim.com.
    -> Inscreva-se aqui no módulo 3 dos workshops de Pensamento Crítico: «Decidir Melhor». / Registe-se aqui para ser avisado(a) de futuras edições dos workshops.
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    Índice:
    (6:21) Explicação do convidado para o crescimento da direita radical | E o voto de protesto? | Quando existem preferências de direita radical no eleitorado, mas são pouco expressadas porque há estigma social sobre essas ideias (e a normalização, quando deixa de haver)| significado duplo do termo «normalização»
    (23:45) O que é preciso para desbloquear o estigma? | O caso português: André Ventura enquanto empreendedor político. | Podcast Vitor Matos 
    (34:39) De onde surge o desfasamento inicial na sociedade entre as normas sociais e as crenças de algumas pessoas? | Só gostamos do populista do nosso país? | Sondagens pos eleitorais em 2022 que mediram transferência de votos | Como medir se quem vota nestes partidos tem mesmo crenças de direita radical? 
    (56:29) Que papel têm as redes sociais? | estudo ataques terroristas alemanha
    (1:13:43) Outros temas em que se passe um fenómeno semelhante a este? | Há cientistas políticos de direita radical?
    (1:20:19) Como devem os partidos da direita democrática lidar com estes partidos?
    Livro recomendado: Meio Sol Amarelo, de Chimamanda Ngozi Adichie
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    Desde as eleições de 10 de março, com o incrível crescimento do Chega, que meio mundo -- que é como quem diz, um mundo inteiro menos 18%! -- anda a puxar pela cabeça a tentar encontrar as causas que expliquem aquele resultado e, em particular, o facto de o partido ter conseguido, em menos de 5 anos, multiplicar por mais de 13 o seu resultado.
    Mas este debate sobre o caso português entronca noutra discussão, muito mais ampla -- as causas da ascensão da direita radical nas democracias ocidentais. Este é um tema sobre o qual muita investigação tem sido produzida e muito tem sido escrito nos últimos anos, incluindo por pessoas pouco relevantes, como este que vos está a falar(!), mas também vinda por pessoas que valem mesmo a pena ler e ouvir. 
    Uma dessas pessoas é o convidado deste episódio: Vicente Valentim. E a sua investigação ajuda-nos também, como vão ver, a compreender melhor o caso português.
    O Vicente é cientista político na Universidade de Oxford e dedica-se a estudar o papel das normas sociais no comportamento dos cidadãos em democracia.  No seu doutoramento -- que recebeu vários prémios -- debruçou-se em particular sobre o estigma social que existia na maioria das democracias em torno das ideias de direita radical, e o modo como esse estigma se tem desfeito nos últimos anos.
    Ao estudar a evolução das normas sociais, o Vicente acabou por desencobrir uma causa até aí inexplorada para o rápido crescimento eleitoral destes partidos. Segundo ele, a verdade é que as ideias que associamos à direita radical já tinham, anteriormente, apoio entre o eleitorado, só que o estigma social que pendia sobre estas ideias  impedia que fossem expressadas. O resultad

    • 1 hr 29 min
    #160 Luís Guimarãis - “O Nuclear é uma das soluções para a transição energética?”

    #160 Luís Guimarãis - “O Nuclear é uma das soluções para a transição energética?”

    Luís Guimarãis é doutorado em Fusão Nuclear pelo Instituto Superior Técnico, onde foi investigador durante vários anos. Actualmente é sénior data Scientist numa empresa de telecomunicações e professor convidado na NOVA SBE. É ainda colunista na CNN e co-fundador do polo português da WePlanet, uma organização ambientalista que defende soluções baseadas na Ciência para as alterações climáticas e a biodiversidade, e que se destaca pela defesa do nuclear.
    -> Ouve o Teorias da Conspiração aqui
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    Índice:
    (4:48) A enorme dimensão do desafio da Transição Energética | Electricidade vs energia | Vaclav Smil e as quatro indústrias essenciais do Mundo moderno. | Our World in Data | Processo de Haber-Bosch | Associação WePlanet | 
    (18:29) Como se resolve a Transição Climática? Conter o Aquecimento Global em 1.5º já é impossível? | TED talk: Are we the last generation — or the first sustainable one? | Compromisso da COP28 sobre o nuclear | Energia hídrica | Energia geotérmica 
    (27:41) Energia Nuclear (de fissão) | Que países estão a construir reactores? | Livro: The Population Bomb, de Paul R. Ehrlich | Acidente de Three Mile Island | Argumentos contra: riscos, custo, demora a construir | Plano Messmer | Complexo de Cassandra | Reactores modulares. | Previsões da AIE
    (1:13:03) Como lidar com os resíduos nucleares? Vídeos Youtube (um, dois) | Reactor com 2 mil milhões de anos | Terrapower
    (1:22:22) Problemas / desafios das renováveis: intermitência, baterias, matérias-primas | Potencial do nuclear: curto prazo vs longo prazo
    (1:34:32) Vamos ter nuclear de fusão?
    Livros recomendados: Vaclav Smil (The Elder Scrolls V: Skyrim)
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    No último episódio, com o João Pedro Gouveia prometi-vos que ia publicar vários episódios sobre temas relacionados com ambiente e transição climática. Vão ser uns 4 ou 5 no total, cobrindo diferentes aspectos, desde o desafio da transição energética aos nossos hábitos individuais. Vou lançá-los ao longo dos próximos meses, intercalando com outros temas (para não vos cansar!).
    No episódio de hoje, vamos abordar um tema que me tinha deixado a pensar no episódio anterior: energia nuclear. Especificamente: qual é o papel do nuclear (de fissão) na transição energética? 
    Quem não esteja familiarizado com o debate sobre o nuclear ficaria surpreendido com a polarização e tribalismo das opiniões (que faz lembrar algumas discussões políticas mais fracturantes!). De um lado, há quem diga “nuclear nunca”, ou no máximo muito pouco, seja porque é perigoso ou porque é mais caro (pelo custo de construir um reactor) do que as renováveis -- e é nestas que está a solução. Do outro lado, estão os defensores do nuclear, que argumentam que é, na verdade, a fonte de energia segura de todas e a fonte de energia limpa (i.e. que não produz CO2) mais testada e mais fiável -- pelo deve ter um papel igual ou até superior às renováveis na transição energética. 
    O convidado deste episódio, Luís Guimarãis, está assumidamente neste último campo. 
    Pessoalmente, devo dizer -- e os ouvintes mais antigos sabem disso -- que sempre tive uma visão benévola em relação ao nuclear, e sempre me pareceu precipitado descartar um soldado com este potencial numa luta contra o tempo e em várias frentes como é a transição climática. No entanto, ao longo da nossa conversa procurei, como de costume, também desafiar as opiniões do convidado; até porque eu próprio, na investigação que fiz, fui percebendo que persistem ainda muitas incógnitas, quer sobre o nuclear quer sobre as renováveis.
    Começámos por falar da enorme dimensão do desafio da Transição Climática que temos pela frente; falámos de vários tipos de energia, da fóssil às renováveis, passando pela hídrica e a geotérmica; e, claro, o grosso da nossa conversa foi dedicada ao papel que o nuclear deve ter na transição e

    • 1 hr 43 min
    #159 João Pedro Gouveia - “Quais as soluções com maior potencial para travar o Aquecimento Global?”

    #159 João Pedro Gouveia - “Quais as soluções com maior potencial para travar o Aquecimento Global?”

    João Pedro Gouveia é engenheiro do ambiente e doutorado em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável pela FCT-NOVA, onde é investigador no CENSE e lidera o FireFly Energy Lab. É responsável por vários projetos nacionais e internacionais ligados à  sustentabilidade e à eficiência energética. Em particular -- e foi essa a razão por que o convidei -- é o único investigador português ligado ao Project Drawdown.
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    Índice:
    (7:06) Efeitos das Alterações Climáticas (AC). Distribuição geográfica do aquecimento global. 
    (14:15) Quão grande é o desafio que temos pela frente? Evolução das emissões globais. | COP. 
    (26:19) Projecto Drawdown: soluções com mais impacto. | Porque a solução com maior impacto é diminuir o desperdício alimentar? Nr 2: dieta de origem vegetal
    (1:03:08) O outro lado da equação: captura de carbono. Importância da reflorestação
    (1:07:41) Quais os sectores mais difíceis de descarbonizar? | Energia solar e eólica. energia das ondas
    (1:14:58) Devemos contar com o nuclear? | Potencial do hidrogénio | Potencial das soluções de geoengenharia.
    (1:31:25) Questão filosófica de fundo.
    (1:34:52) O desafio da pobreza energética em Portugal e a relação com a transição climática.
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    Nos últimos anos, fala-se cada vez mais de alterações climáticas: desde a política (dos baldes de tinta à COP, conferência do clima das Nações Unidas) à nossa vida privada, com a sustentabilidade e os carros eléctricos hoje na ordem do dia. 
    E, no entanto, se olharmos para um gráfico das emissões globais de gases de efeito-estufa, elas continuam basicamente em máximos históricos. Este paradoxo mostra bem a complexidade do desafio climático que enfrentamos, possivelmente o maior da nossa geração. 
    E eu próprio tenho sentido que tenho desvalorizado este tema. É que, embora vá acompanhando a discussão, sinto muitas vezes que me falta ainda conhecimento para ter uma opinião formada sobre várias questões. Por exemplo: Quão difícil vai ser o desafio de limitar o aquecimento global a 2º, como ficou estabelecido no Acordo de Paris. Muito difícil ou já impossível? E quais são as melhores soluções. Que tipos de energia limpa têm maior potencial? Qual o papel dos Estados? E o que podemos fazer nós próprios através das nossas escolhas privadas?
    Não ser capaz de dar uma resposta a estas perguntas, e a outras, era algo que me andava a irritar cada vez mais nos últimos tempos. E é claramente uma lacuna no 45 Graus. Até agora, apenas arranhei a superfície deste tópico, com um episódio já bem antigo com Filipe Duarte Santos (ep 24). Está por isso mais do que na altura de rectificar isto, e conto dedicar vários episódios ao tema.
    Para abrir esta série, estava à procura de alguém que pudesse dar uma visão abrangente das diferentes soluções de que vamos ouvindo falar, e que vão desde a aposta em fontes de energia limpa à mudança de hábitos de consumo e até à chamada ‘justiça climática’ que tanta tinta tem feito correr (pun intended). Andei à procura algum tempo, recebi várias recomendações, até que alguém me falou do convidado deste episódio.
    João Pedro Gouveia é engenheiro do ambiente e doutorado em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável pela FCT-NOVA. O João Pedro não é apenas um académico; é um actor ativo na busca por soluções práticas, liderando o FireFly Energy Lab e contribuindo para projetos de renome tanto nacionais quanto internacionais. Em particular -- e foi essa a razão por que o convidei -- é o único investigador português ligado ao Project Drawdown.
    Drawdown refere-se ao momento futuro (espera-se!) em que os níveis de concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera não só param de subir como começam

    • 1 hr 44 min
    #158 António Tavares - Além da Política: devíamos pensar mais a Administração Pública?

    #158 António Tavares - Além da Política: devíamos pensar mais a Administração Pública?

    António Tavares é doutorado e investigador na área da Administração Pública e do Poder Local. Doutorou-se em Administração Pública na Florida State University (EUA) e é actualmente professor associado com agregação na Universidade do Minho. Colabora também em programas de formação executiva para a Administração Pública, nomeadamente os programas CADAP e FORGEP. A nossa conversa partiu do ensaio "Administração Pública Portuguesa" que publicou em 2019 através da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
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    Índice:
    (6:05) INÍCIO - Porque se fala tanto de política e tão pouco de Administração Pública (AP)? «Politics: Who Gets What, When, How», de Harold Lasswell.
    (16:01) Qual deve ser a relação entre o poder político e a AP? Série «Sim Senhor Ministro». | Leis que mudaram a AP nos EUA e UK (Northcote Trevelyan Report; Pendleton Act) | O que justifica a protecção do emprego no Estado? | Porque é tão politizada a gestão intermédia na AP? Livro Patrícia Silva «Jobs for the Boys?» | O problema da legislação excessiva (e.g Decreto lei 82/2019 de 27 de junho; Great Hanoi Rat Massacre) | Nuno Ferreira da Cruz | O nosso modelo de relação Governo-AP é inspirado no britânico? | CRESAP | O absurdo que é a falta de um corpo técnico nos ministérios, tendo em vez disso boys do partido | A falta de analistas de políticas públicas em PT.
    (1:01:42) Meritocracia no Estado. | A avaliação de desempenho na AP está condenada a não funcionar? As quotas. O caso dos EUA. | A importância de ter funcionários independentes: exemplo do telefonema de Trump nas eleições de 2020 | O Aumento da burocracia no Estado: o resultado de um casamento perverso entre o direito e a gestão 
    (1:20:04) O problema da perda de capacidade da AP nos últimos anos. | Privatizações: boas ou más? A má experiência da Nova Zelândia vs o bom exemplo, em Portugal, das PPPs hospitalares | O problema de termos uma AP envelhecida. | Temos funcionários públicos a mais ou a menos?
    (1:41:36) O problema da falta de avaliação das políticas públicas em PT
    (1:45:51) Livro do convidado no prelo: «Municipal Amalgamation Reforms in Europe»
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    Há já algum tempo que queria fazer um episódio sobre Administração Pública. Sobretudo desde o episódio 139, há precisamente um ano, no qual o convidado foi Bo Rothstein, um dos investigadores mundiais mais reputados sobre qualidade da governação. 
    Na altura, falámos sobre como, para um país ter uma boa governação, é necessário não apenas uma democracia de qualidade e bons políticos, mas também instituições públicas dotadas de técnicos competentes e imparciais. Ou seja, para termos boas políticas públicas é essencial termos também uma Administração Pública (no sentido mais amplo) capaz -- para, desde logo, ajudar os decisores políticos a desenhar as melhores políticas (porque quem lá está tem provavelmente muito mais conhecimento do que um ministro que, tipicamente, não dura sequer um mandato na pasta) e, segundo, uma AP que consiga implementar essas mesmas políticas de uma forma eficaz e imparcial (ou seja, para a população em geral e não apenas o eleitorado do partido do poder). 
    A verdade, no entanto, é que tendemos a desvalorizar esta condição necessária da boa governação. Falamos muito de política e políticas públicas -- as melhores medidas para atingir este ou aquele fim --, mas discutimos pouco a estrutura que terá de implementá-las; e o 45 Graus não era excepção nesta tendência -- até agora. Bem sei que a AP parece um tema pouco sexy (menos do que o que se passa nas empresas privadas, e muito menos do que a actualidade política, sempre sumarenta), mas acreditem que este episódio vai valer a pena. 
    Depois

    • 1 hr 51 min
    #157 Luís e João Batalha - Fermat’s library, formas de vida inteligente e como tornar Marte habitável

    #157 Luís e João Batalha - Fermat’s library, formas de vida inteligente e como tornar Marte habitável

    João e Luís Batalha são criadores do site Fermat's Library, uma plataforma para comentar e discutir artigos académicos, que tem dado que falar internacionalmente. O Luís é físico de formação, pelo I.S. Técnico, e o João estudou Ciência da Computação no MIT, nos EUA.
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    Índice:
    (5:51) Fermat’s Library | Porque os papers tem este formato? Preprint (Arxiv) | Paper de Ian Goodfellow 
    (20:29) O que explica o crescente interesse das pessoas por Ciência? Huberman Lab (podcast)
    (26:53) Vantagens de trabalhar em equipa. | Y Combinator e o nº ideal de founders (argumento para preferir dois ou mais; investigação que contraria esta tese) | História da Dropbox
    (31:31) Paper 1: Enrico Fermi e a explosão Trinity | Estimativas de Fermi | Tweet do Luís sobre a explosão em Beirute
    (36:27) Paper 2: The Silurian hypothesis | Paradoxo de Fermi | Esferas de Dyson. | Andy Weir (autor) | A descoberta do pai e filho Alvarez sobre a extinção dos dinossauros
    (56:18) Paper 3: Technological Requirements for Terraforming Mars | Notícia do NYT de 1907 sobre vida inteligente em Marte | Paralelo entre exploração espacial e os Descobrimentos. | Tweet de Elon Musk sobre este paper
    (1:08:42) Como criar uma Ciência mais aberta? O exemplo da Física | John Ioannidis. Lei de Goodhart. 
    (1:16:38) Potencial do Machine Learning na Ciência. Post de Terence Tao (matemático)
    (1:29:01) Ida ao Lex Fridman podcast | Hot Ones show
    _______________
    Certo dia (que na verdade já foi há uns 2 anos), ao percorrer no meu telemóvel o feed de podcasts, apareceu-me um episódio do Lex Fridman -- um dos podcast mais ouvidos nos Estados Unidos -- com um apelido que me chamou a atenção, porque denunciava ADN português: Batalha.
    Os convidados desse episódio eram os irmãos Luís e João Batalha, co-fundadores do site Fermat's Library, uma plataforma para comentar e discutir artigos académicos que criaram juntamente com outro dois amigos, Micael Oliveira e Tymor Hamamsy. A Fermat’s library disponibiliza um enorme manancial de artigos (“papers”, na gíria académica), de áreas como a Física, ciências da computação ou Biologia, e permite aos utilizadores fazerem anotações, consultarem as notas deixadas por outros e discutirem entre o conteúdo (no fundo, é uma espécie de clube de leitura de papers académicos)
    Na altura, achei o projecto deles ultra interessante, gostei da prestação deles no episódio e fiquei com muita vontade de convidá-los para o 45 Graus. Como eles vivem nos EUA, acabou por demorar algum tempo a conciliarmos agendas, mas como vão ver valeu bem a pena a espera.
    O Luís é físico de formação, pelo Técnico, e o João estudou Ciência da Computação no MIT, nos EUA. São também, com Micael Oliveira, fundadores da Amplemarket, uma empresa de software de vendas impulsionado por inteligência artificial (e que é na verdade o trabalho principal deles). Em paralelo, vão mantendo a Fermat’s Library. Fazem-no sobretudo por gosto, mas também, como vão perceber, com alguns objetivos ambiciosos em termso de impacto na Ciência. 
    Ao longo da nossa conversa, começámos por falar, claro, deste projecto: desde a origem, ao modo como funciona, as áreas com maior nº de papers e também como estes anos lhes têm mostrado que existe um interesse crescente de muitas pessoas pela ciência. Para além do site, o Luís, o João e o Micael fazem também muita divulgação através do Twitter, onde a conta da Fermat’s tem uns impressionantes quase 750 mil seguidores!
    Para perceber na prática como funciona o processo de anotação e discussão de artigos na Fermat’s, pedi aos convidados que trouxessem três papers especialmente interessantes para discutirmos

    • 1 hr 38 min
    Apresentação

    Apresentação

    Apresentação do 45 Graus (para quem acaba de chegar ao podcast). 

    • 5 min

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