16 episodes

Bem-vindos ao ARTIFEX – um programa de Vasco Medeiros. O rumo traçado irá conduzir-nos a diversas paragens onde o engenho e a criação desempenharam e desempenham ainda um papel preponderante na história das civilizações. Falaremos de história, de História da arte e da ciência, mas também do fazer da história e do fazer da arte.

Opening music: Kiko Mori

ARTIFEX Vasco Medeiros

    • History

Bem-vindos ao ARTIFEX – um programa de Vasco Medeiros. O rumo traçado irá conduzir-nos a diversas paragens onde o engenho e a criação desempenharam e desempenham ainda um papel preponderante na história das civilizações. Falaremos de história, de História da arte e da ciência, mas também do fazer da história e do fazer da arte.

Opening music: Kiko Mori

    ARTIFEX 16 - Michelangelo Buonarroti: o arquétipo do artista ideal e idealizado - PARTE IV

    ARTIFEX 16 - Michelangelo Buonarroti: o arquétipo do artista ideal e idealizado - PARTE IV

    Após uma longa e demorada pausa o Artifex está de regresso! Neste episódio, o último da série dedicada exclusivamente à vida e obra de Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, retomaremos a narrativa das Vite de Vasari. O nosso artista encontra-se agora em Florença durante o episódio do cerco que teve lugar entre 24 de Outubro de 1529 e 10 de agosto de 1530. Vasari descreve as suas deambulações por Ferrara e Veneza e descreve através de mais uma extraordinária écfrase, o magnífico e revolucionário Juízo Final pintado entre os pontificados de Clemente VII e Paulo III. Entre diversas pequenas histórias ilustrativas da misantropia e excentricidade de Miguel Ângelo, Vasari conclui o seu relato com as bizarras circunstâncias que envolveram a sua morte e o transporte do corpo para Florença. Por último, e num declarado exercício de auto-elogio, Vasari procura justificar o carácter florentino do velho mestre e instituir-se enquanto seu legítimo herdeiro.  

    • 59 min
    ARTIFEX 15 - Michelangelo Buonarroti: o arquétipo do artista ideal e idealizado - PARTE III

    ARTIFEX 15 - Michelangelo Buonarroti: o arquétipo do artista ideal e idealizado - PARTE III

    Após inúmeras viagens de imersão na vida e obra de diversos artistas e museus icónicos, o Artifex está de regresso. Neste 15.º episódio continuaremos a analisar a vida e obra do mítico Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni. Existem seguramente duas visões sobre o génio de Miguel Ângelo – uma solar – promovida pelos seus biógrafos, Vasari e Ascanio Condivi – e uma sombria – revelada pela voz do próprio artista. Esta última, encontramo-la no magnífico Born Under Saturn de Margot e Rudolf Wittkower, retrato atormentado de um homem prisioneiro dos seus silêncios, da sua misantropia e do seu génio desmedido. De permeio, relembramos a nossa passagem pela pequena localidade de Caprese Michelangelo, comuna da região da Toscana que justifica, em parte, a natureza agreste do espírito do grande mestre. Por último, retomamos o relato de Vasari no preciso momento em que o abandonámos - Vasari inicia agora uma extraordinária écfrase dos magníficos frescos da capela Sistina e acompanha o regresso de Miguel Ângelo a Florença ao serviço do Papa Leão X.  

    • 52 min
    ARTIFEX 14 - Michelangelo Buonarroti: o arquétipo do artista ideal e idealizado - PARTE II

    ARTIFEX 14 - Michelangelo Buonarroti: o arquétipo do artista ideal e idealizado - PARTE II

    No 14.º episódio continuaremos a analisar a vida e obra do mítico Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni. Para tal, avançaremos com a tradução e leitura daquela que é a mais extensa e mitificada biografia de todas as Vite. Contamos para tal com a ajuda de três magníficas edições: a exaustiva edição da Oxford University Press de 1991; a belíssima versão em italiano de 1986 da editora Einaudi; e a indispensável edição de 2011 da Martinsfontes, com tradução de Ivone Castilho Bennedetti e coordenação de Aldo Rossi. Munidos deste roteiro indispensável, partiremos então por uma viagem biográfica através das emocionantes páginas da edição Torrentino publicada em 1550 em Florença. Partindo das origens nobres do jovem Michele Agnolo, falaremos da sua formação, das obras que o celebrizaram, mas sobretudo, da sua enigmática e explosiva Terribilitá, fonte de fascínio perene para autores como Goethe, Stendhal, Ludwig Feuerbach e Rainer Maria Rilke. Desta Terribilitá irá nascer um dos fenómenos mais extraordinários da história da arte ocidental — a síndrome de Stendhal.

    • 49 min
    ARTIFEX 13 - Michelangelo Buonarroti: o arquétipo do artista ideal e idealizado - PARTE I

    ARTIFEX 13 - Michelangelo Buonarroti: o arquétipo do artista ideal e idealizado - PARTE I

    O 13º episódio do Artifex inaugura a segunda temporada com uma série de episódios dedicados ao mítico Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni. Vinte e seis anos mais novo do que Leonardo, Miguel Ângelo prefigurará para todo o sempre o papel de Némesis e claro antagonista do programa teórico que Leonardo procurou edificar. Divinizado por Vasari, Miguel Ângelo constituirá o arquétipo do artista ideal e idealizado durante os séculos vindouros. Antes, porém, de avançar com o relato das mais de setenta páginas dedicadas inteiramente por Vasari a Miguel Ângelo, importa lançar um olhar atento ao revelador prefácio da terceira parte das Vite. Aqui, encontra-se claramente exposto o modelo campanilista que Vasari propõe de uma transição geracional entre três “idades” distintas de desenvolvimento estético e tecnológico das artes: I primi lumi - uma espécie de «abertura» ou etapa primária marcada sobretudo pelos contributos de Cimabue e Giotto; augumento, um período transitório de desenvolvimento marcado ainda por alguns arcaísmos; e por último, a perfezzione ou fase moderna – período coincidente com Michelangelo e com o seu próprio tempo.

    • 38 min
    ARTIFEX 12 - Leonardo e o Paradigma do Homem Universal - PARTE IV

    ARTIFEX 12 - Leonardo e o Paradigma do Homem Universal - PARTE IV

    No 12º e último Artifex da primeira temporada encerramos o ciclo de programas dedicados ao grande génio florentino Leonardo da Vinci. Para tal, analisaremos o ambiente sociocultural da segunda metade do século XV, nomeadamente no que respeita ao enquadramento científico que Leonardo encontrou aquando do seu desenvolvimento intelectual. Neste sentido seguiremos o percurso de alguns vultos culturais cujo curso vivencial pautou-se por uma ruptura para com os cânones epistémicos tradicionais, caso notório do astrónomo Johanes Müller, do célebre Giovanni Pico della Mirandola, do humanista Poggio Bracciolini, de Leon Battista Alberti, do matemático Paolo dal Pozzo Toscanelli, de Filippo Brunelleschi e do Infante D. Henrique. Cada um à sua maneira manifestará os traços de uma revolução cujo curso culminará inevitavelmente na paradigmática revolução Coperniciana. Essa transformação será responsável pela integração num léxico pluridisciplinar de novas dimensões epistémicas: encontrar a verdade; indagar a razão; observar os factos; desvendar o caminho… Chegados aqui, constatamos que o génio e a singularidade de Leonardo não são de modo algum um fenómeno isolado, mas que se encontram plenamente integrados no espírito de descoberta e na cultura livresca e tratadística da época. Apesar de se considerar orgulhosamente um omo sanza lettere, Leonardo reunirá ao longo da sua vida cerca de 200 livros consagrados a todas as disciplinas em que se notabilizou e que reflectem a visão de um mundo ainda fundado na unidade do conhecimento e na sua difusão. Cada homem e a sua biblioteca constituem sempre um incomensurável retrato do seu tempo, e Leonardo não foi excepção.

    • 54 min
    ARTIFEX 11 - Leonardo e o Paradigma do Homem Universal - PARTE III

    ARTIFEX 11 - Leonardo e o Paradigma do Homem Universal - PARTE III

    No décimo primeiro Artifex retomamos o formato original e dedicamo-nos ao estudo em pormenor de uma das facetas mais celebradas de Leonardo da Vinci – a sua obra tratadística. Não obstante o carácter revolucionário daquele que será um dos maiores empreendimentos da sua vida - a construção de um imenso projecto didáctico e editorial - este será tardiamente publicado na versão de tratado de pintura em meados do século XVII, e sem a inclusão dos seus estudos anatómicos. De permeio, vicissitudes várias escreveram o destino de uma obra, cuja edição precoce poderia, quem sabe, ter alterado o percurso teórico da história da arte. Tanto o moralismo imposto pela contra-reforma, como o ambiente anticientificista gerado em torno da renovação teórica promovida pelo maneirismo, parecem ter influenciado negativamente a viabilidade editorial do Trattato. O carácter herético e a filiação incorrigível por uma concepção científica da arte, farão de Leonardo uma verdadeira persona non grata, tanto do mundo editorial, como dos principais círculos de amicizia das repúblicas italianas.

    • 51 min

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