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Os bastidores de pregões marcantes para a Bolsa brasileira, seja por uma queda drástica ou por uma disparada. A cada novo episódio, Anderson Figo, editor de Mercados do InfoMoney, entrevista personagens importantes do mercado que estavam trabalhando nas datas históricas e eles contam o que viveram, além das lições aprendidas.

Os Pregões que fizeram história InfoMoney

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Os bastidores de pregões marcantes para a Bolsa brasileira, seja por uma queda drástica ou por uma disparada. A cada novo episódio, Anderson Figo, editor de Mercados do InfoMoney, entrevista personagens importantes do mercado que estavam trabalhando nas datas históricas e eles contam o que viveram, além das lições aprendidas.

    #15 - Coronavírus

    #15 - Coronavírus

    09/03/2020 — O temor com o avanço do coronavírus no mundo e seu impacto nas economias globais, além da guerra do petróleo, derrubaram as bolsas pelo mundo. O Ibovespa teve um circuit breaker, uma paralisação automática dos negócios, quando atingiu queda de 10,02% na primeira meia hora de pregão. No fim do dia, o índice fechou em baixa de 12,19%. A escalada da epidemia de coronavírus na China e o início do colapso do sistema de saúde na Itália deixaram claro que a Covid-19 se espalharia pelo mundo todo. Foi só o primeiro dia de caos nos mercados de uma série que viria. Em 11 de março, o Ibovespa acionou outro circuit breaker após bater queda de 10,11% com a notícia de que a Organização Mundial da Saúde, a OMS, tinha declarado pandemia de coronavírus. No dia seguinte, 12 de março: pânico. O Ibovespa acionou um novo circuit breaker ao cair mais de 10%. Quando as negociações voltaram, o índice continuou em queda livre e acionou o segundo circuit breaker daquele dia, ao cair mais de 15%. O Ibovespa ficou a um triz de uma terceira parada: no pior momento do dia, chegou a derreter 19,59%, indo aos 68.488 pontos — a menor pontuação intradiária até então desde 17 de agosto de 2017. Mas, no fim do dia, fechou com perda de 14,78%. Outros dois circuit breakers foram registrados em março de 2020, nos dias 16 e 18, quando o Ibovespa fechou com baixas de 13,92% e 10,35%, respectivamente. No acumulado de março, o Ibovespa caiu 29,9%, perdendo mais de 30 mil pontos.

    Convidados:
    Gilson Finkelsztain, presidente da B3, a bolsa do Brasil, Luiz Barsi, advogado, economista e o maior investidor pessoa física da B3, Thiago Salomão, analista e apresentador do podcast Stock Pickers, do InfoMoney, Rosana Richtmann, médica do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, e Esper Kallas, infectologista e professor da USP.

    • 1 hr 17 min
    #14 - Bolha PontoCom

    #14 - Bolha PontoCom

    10/03/2000 — O índice Nasdaq Composite, principal termômetro das empresas de tecnologia dos EUA, chegou aos 5.132,52 pontos, sua máxima histórica até então. Mas, de repente, tudo mudou. As empresas do índice perderam 75% do valor até o final do mesmo ano, gerando prejuízos enormes para os investidores. O episódio entrou para a história como o “estouro da bolha das pontocom” e foi precedido por um longo período de “exuberância irracional”, nas palavras do ex-presidente do Federal Reserve Alan Greenspan e do professor Robert Shiller, um dos maiores especialistas norte-americanos em bolhas. Da margem de 5.000 pontos do pregão de 10 de março de 2000, o Nasdaq perdeu mais de 5 trilhões em valor de mercado e chegou em 1.200 pontos em outubro de 2002. Naquele 10 de março de 2000, o Ibovespa caiu 1,98% para 18.280 pontos. Depois de ter obtido alta acumulada de 110% em 1999, o Ibovespa registrou perda de 18,7% em 2000, segundo dados ajustados pelo IGP-DI.

    Convidados:
    Guilherme Felitti, jornalista, apresentador do podcast Tecnocracia e fundador da empresa de dados Novelo Data; Luiz Guilherme Dias, fundador e CEO da empresa de conteúdo financeiro Sabe Invest; e Roberto Lee, cofundador e CEO da corretora Avenue Securities, que na época trabalhava como gerente de operações da Patagon.com.

    • 54 min
    #13 - Naji Nahas

    #13 - Naji Nahas

    09/06/1989 — A Bolsa de Valores de São Paulo, a Bovespa (hoje B3), despencou 5,6%, enquanto a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, a BVRJ, caiu outros 4,5% depois que estouraram na praça cheques sem fundos do empresário Naji Nahas no valor de 39 milhões de cruzados novos. Os cheques sem fundo começaram a aparecer depois que bancos e corretoras se recusaram a cobrir operações do investidor que ficaram conhecidas como "D + zero", usadas para manipular preços de ações. Três dias depois, a CVM, a Comissão de Valores Mobiliários, que regula e fiscaliza o mercado, determinou um recesso de 24 horas nas Bolsas de Valores. No mesmo dia, Nahas e os principais envolvidos foram impedidos pela Justiça de deixar o país. O golpe no mercado foi tão forte que a Bolsa do Rio, para onde Nahas foi obrigado a se transferir depois de atritos com a diretoria da Bolsa de São Paulo, nunca mais se recuperou, e fechou as portas no ano 2000. No escândalo que iniciou o declínio da Bolsa do Rio, Nahas ganhou muito dinheiro. Um relatório da Bolsa de São Paulo, entregue no dia 6 de julho de 1989 à CVM, estima que ele tenha lucrado 28 milhões de cruzados novos no dia 9 de junho, quando estourou a crise. Em 6 e 12 de julho, a Polícia Federal indiciou Nahas por crime de "colarinho branco" e estelionato. Pouco depois, o relatório final da CVM o acusou de usar "laranjas" para manipular preços de ações. A CVM multou Nahas em US$ 10 milhões.

    Convidados:
    Arthur Vieira de Moraes Neto, ex-agente autônomo da Socopa, e o jornalista Alcides Ferreira, ex-diretor de Comunicações da antiga BM&F Bovespa (hoje B3), co-autor do livro “BM&F: A História do Mercado Futuro no Brasil”, e hoje sócio da agência Fato Relevante.

    • 29 min
    #12 - Moratória da Rússia

    #12 - Moratória da Rússia

    10/09/1998 — O Ibovespa despencou 15,83% em mais um pregão de pânico causado pela moratória da Rússia, que vivia uma grave crise com a forte desvalorização de sua moeda, o rublo. Só naquele pregão, a Bovespa, hoje B3, foi obrigada a acionar o circuit breaker por duas vezes. O mecanismo de paralisação automática dos negócios entrou em ação cinco vezes entre agosto e setembro daquele ano. A Rússia era governada por Boris Yeltsin e havia se tornado a maior tomadora do Fundo Monetário Internacional, o FMI. O país vivia em um emaranhado de dívidas, com desorganização econômica, sonegação fiscal e inadimplência interna generalizadas. Mais da metade da população não pagava impostos. Na primeira semana de agosto, o índice da bolsa de Moscou perdeu 24% de seu valor, e a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota das dívidas russas em moeda estrangeira. O presidente Yeltsin precisou interromper suas férias de verão para retornar a Moscou. Em 16 de agosto, o governo e o banco central russo sucumbiram às pressões sobre o rublo, e foi decretada moratória internacional de 90 dias. Houve desvalorização da moeda de 33% e foram suspensas as negociações com bônus internos de curto prazo. Era a senha para que o mercado internacional de crédito mergulhasse em novas e graves incertezas, com acelerada depreciação de todos os ativos financeiros ao redor do mundo.

    Convidado:
    Alexandre Schwartsman, colunista do InfoMoney e ex-diretor de assuntos internacionais do Banco Central (trabalhava no Credit Agricole na época).

    • 35 min
    #11 - Descoberta do pré-sal

    #11 - Descoberta do pré-sal

    08/11/2007 — No final de 2007, a bolsa brasileira amanheceu com um fato novo que colocou o país em posição de destaque no mercado internacional. Pela primeira vez o mundo olhou para o Brasil como a próxima potência do petróleo. A descoberta do campo Tupi, na camada pré-sal, levou o governo aos noticiários e os acionistas da Petrobras à euforia. Para as ações da estatal, este fato novo foi tratado como um divisor de águas. O estudo inicial da estatal apontava para um volume recuperável de óleo leve estimado entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo e gás natural. Para se ter uma ideia, as reservas totais da empresa acumulavam 13,7 bilhões de barris no final de 2006. O leilão de abertura daquela quinta-feira apontava expressiva valorização de 6% para as ações da estatal, com os investidores tentando mensurar a descoberta. No fim do dia, o fechamento marcou impressionante disparada de 14,16% das ações preferenciais da Petrobras, que sozinhas movimentaram R$ 3,3 bilhões na sessão. Mais impressionante que a resposta da ação foi a movimentação no mercado de derivativos. Os comprados em calls viram suas posições dispararem mais de 1.800%. Por outro lado, os vendidos em opções da estatal amargaram prejuízos impressionantes. O Ibovespa acompanhava as perdas de Wall Street e caía naquele dia, mas a disparada da Petrobras fez o índice destoar do exterior e fechar em leve alta 0,11%.

    Convidados:
    Vinicius Canheu, sócio da Equitas, e Rossano Oltramari, ex-analista-chefe e sócio da XP Investimentos, e hoje sócio e estrategista da gestora 051 Capital.

    • 52 min
    #10 - Morte de Eduardo Campos

    #10 - Morte de Eduardo Campos

    13/08/2014 — O Ibovespa subia desde a abertura dos negócios, mas inverteu a tendência para queda por volta do meio-dia (no horário de Brasília), quando foi confirmado que o então candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) havia morrido em um acidente aéreo. O índice fechou em queda de 1,53%, depois de ter caído mais de 2% no intraday. O dólar subiu para R$ 2,28 na compra. O acidente mudou a dinâmica das eleições presidenciais. Campos estava em terceiro lugar nas pesquisas. Com a entrada de Marina Silva em seu lugar, cogitou-se que ela poderia ter forças para ir ao segundo turno, mas o embate final ficou mesmo entre Dilma Rousseff e Aécio Neves. E a Dilma venceu.

    Convidados:
    Jorge Junqueira, sócio-gestor da Gauss Capital, que na época trabalhava na 3G Capital, e Luiz Eduardo Portella, sócio fundador da Novus Capital.

    • 44 min

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