Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político, a cientista política e pesquisadora da UERJ, Carolina Botelho, faz uma leitura da conjuntura política em meio às revelações da Polícia Federal sobre um plano para matar Lula, Alckmim e Moraes depois das eleições de 2022, quando a chapa do petista venceu a disputa pela presidência. Ela considera que o relatório final do inquérito do golpe de estado foi a “pá de cal” nas pretensões de Jair Bolsonaro de derrubar sua inelegibilidade. Sobre o contexto de polarização, diz que ainda que as denúncias sejam gravíssimas a adesão ao bolsonarismo permanece, mas avalia que a disputa pelo espólio de Bolsonaro vai acontecer. Sobre a prisão de 4 militares e o indiciamento de outras 33 pessoas, incluindo Bolsonaro e outros 20 militares, a professora diz que o Brasil não responsabilizou as Forças Armadas na ditadura e que esse momento é uma resposta à impunidade. Carolina Botelho defende uma reforma no ensino militar e diz que a corporação não pode ser mais tratada como casta. Também comenta que o projeto da anistia não tem chance de sucesso.