Trechos do livro “The Taste of Freedom”, de Ajahn Chah.
Ajahn Chah (1918 - 1992), foi um grande mestre da linhagem “Tradição Tailandesa das Florestas” do budismo Theravada.
Ajahn Chah (ou Chah Subhaddo) nasceu numa vila rural perto da cidade de Ubon Rajathani, Tailândia. Seguindo a tradição, depois de completar o ensino básico ordenou-se como monge noviço no mosteiro local da vila, onde passou os primeiros anos de sua vida monastica estudando as bases do Dharma, a linguagem Pāli e as escrituras.
Após uma grave doença e falecimento de seu pai, Ajahn Chah, reconheceu que apesar de ter estudado exaustivamente ele não se sentia mais próximo de ter uma compreensão pessoal acerca do fim do sofrimento. Então, em 1946, abandonou os estudos e partiu em peregrinação. Caminhou durante vários anos pernoitando em florestas e recebendo comida nas vilas pelas quais passava, despendendo temporadas em mosteiros, assimilando os ensinamentos e praticando meditação.
Foi durante sua estadia no mosteiro de Wat Kow Wongkot onde conheceu Ajahn Mun, um mestre de meditação altamente reverenciado, que ensinou-lhe que, apesar dos ensinamentos serem realmente extensos, em sua essência eles são muito simples:
“Com consciência, se virmos que tudo surge no ‘coração-mente'. Aí está o verdadeiro caminho!”
Este sucinto e direto ensinamento foi uma revelação para Ajahn Chah, transformando o seu modo de praticar. O caminho estava claro!
Amado e respeitado em seu país como um homem de grande sabedoria, Ajahn Chah tornou-se um influente professor e fundador de grandes mosteiros de sua tradição.
Seus ensinamentos contêm aquilo que se pode chamar de “coração da meditação budista” – as práticas simples e diretas de acalmar o coração e abrir a mente para a verdadeira compreensão da verdade. Esta forma de constante vigilância expandiu-se rapidamente como prática Budista no Ocidente, ensinando-nos a lidar com os estados mentais mais densos, como os medos, a ganância ou o sentimento de perda e a aprender o caminho da paciência, sabedoria e compaixão altruísta. Segundo Ajahn Chah o treino da mente não se trata apenas de nos sentarmos com os olhos fechados ou de aperfeiçoarmos uma técnica de meditação. Trata-se de uma grande renúncia.
“Não olhe para longe, olhe para o agora.
Olhe para o seu corpo e mente neste exato momento em que estamos praticando.
Se você quiser compreender o sofrimento, você deve olhar para essa situação em questão.
Quando surge sofrimento, por que é sofrimento?
Olhe bem naquele momento!
Quando surge felicidade, por que é felicidade?
Olhe bem naquele momento: onde quer que isso nasça, investigue bem ali”.
Ajahn Chah.
“A mente de quem pratica não foge para lugar nenhum, ela fica ali mesmo.
O bem, o mal, a felicidade e a infelicidade, o certo e o errado – todas as coisas surgem, e o meditador conhece todas elas. Ele simplesmente as conhece; mas elas não entram em sua mente. Ou seja, o meditador não tem apego. Ele é simplesmente um experimentador”.
Ajahn Chah.
“A mente é intrinsecamente tranquila. Dessa tranquilidade nascem a ansiedade e a confusão. Se alguém vê e conhece essa confusão, então a mente fica tranquila novamente”.
Ajahn Chah.
Música: Zerofuturism — Whispering Hills
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