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Egito antigo, Renascença, tribos da Oceania e até mesmo um passeio na Lua: 2019 promete ser um ano de muitas atrações nas grandes galerias, museus e espaços dedicados às artes de Paris.Um dos mais esperados eventos deste ano na capital francesa será a exposição "Toutânkhamon, le Trésor du Pharaon" (“Tutancâmon, o tesouro do Faraó”, em português), a partir de março, com peças orginais do túmulo do "faraó-menino", que nunca saíram do Egito.
Para celebrar o centenário da descoberta do túmulo de Tutancâmon no Egito, o Louvre anuncia, cheio de graça, a “última turnê do grande faraó”, a partir de 23 de março de 2019. A brincadeira do maior e mais visitado museu do mundo faz sentido, uma vez que está será a "primeira e última vez" que 50 peças originais de seu túmulo viajarão para fora do país.
O público terá acesso a um total de 150 artefatos que acompanharam Tutancâmon, conhecido como o "faraó-menino", em sua vida e morte, no Grande Hall de La Villette, no 19° distrito da capital francesa.
Da Vinci, uma velha rivalidade entre Itália e França
E no meio da programação cultural parisiense de 2019, uma velha rivalidade com a França foi ressuscitada pelo governo populista da Itália. No centro da polêmica, uma grande exposição que o Museu do Louvre prepara para este ano, celebrando os 500 anos da morte de Leonardo da Vinci.
A secretária de Estado para a Cultura da Itália, a senadora Lucia Borgonzoni, do partido de extrema-direita Liga, chegou a declarar que “A França não pode ter tudo”. “Leonardo da Vinci não é só um gênio indiscutível em todo o mundo", disse a senadora. "Ele é sobretudo um grande italiano, e devemos ficar orgulhosos dele, e colocá-lo em destaque durante este período de comemorações, mesmo se nossos vizinhos, do outro lado dos Alpes, queiram fazê-lo parecer francês”, provocou Borgonzoni durante entrevista ao canal de televisão RAI.
Instrumentalização política
Mas, se para a senadora as obras de Da Vinci não sairão de Florença, na Itália, o especialista Federico Giannini, que edita a mais respeitada revista eletrônica de arte da Itália, a Finestre Sull’arte, lamentou que o gênio italiano tenho se tornado vítima do que chamou de “instrumentalização política” da extrema-direita:
“A cultura não deveria conhecer fronteiras. Recusar o empréstimo de obras de arte simplesmente porque o artista é italiano não é o tipo de comportamento que esperamos daqueles que deveriam favorizar as relações diplomáticas e culturais”, declarou Giannini em entrevista à RFI.
No meio da confusão, o Museu do Louvre em Paris confirma a abertura da grande mostra comemorativa dos 500 anos da morte de Leonardo Da Vinci para outubro de 2019.
Diálogo intercivilizações: a diversidade da temporada parisiense de 2019
Mas a programação cultural parisiense de 2019 vai além de polêmicas e mitos. Situado nas margens do Sena, aos pés da Torre Eiffel, o prestigioso museu do Quai Branly programou a partir de março de 2019 a exposição Oceania, dedicada às artes aborígenes desconhecidas do Pacífico. A antiga civilização dos Hititas, que viveu na atual Turquia, dois mil anos antes de Cristo, também será homenageada em julho, no Museu do Louvre.
O Grand Palais recebe a grande mostra “Rouge”, ou “Vermelho”, vai recuperar a estética da revolução soviética a partir de março, além de duas exposições dedicadas a Toulouse Lautrec e a Fundação Louis Vuitton apresentará, de fevereiro a junho, uma das maiores coleções impressionistas do mundo, a do magnata inglês Samuel Courtauld. Ao final da temporada, a coleção deverá ser instalada em um novo espaço cultural da capital francesa, a Bolsa de Valores, totalmente renovada pelas mãos do arquiteto japonês Tadao Ando.
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