Quem usa as redes sociais com frequência já pesquisou o perfil de alguém para descobrir algo. Onde a pessoa trabalha, que lugares ela frequenta, se ela está solteira ou o que fez ela no verão passado. Essa prática ganhou uma expressão bem popular que já está na boca do povo: “dar uma stalkeada”. Mas a exposição em rede social trouxe uma preocupação: quando o interesse pela vida de uma pessoa extrapola o limite da mera curiosidade? O tema do Diário Talks desta semana é stalking – crime previsto no artigo 147 do Código Penal que prevê reclusão de seis meses a dois anos a quem perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade. O convidado para falar do assunto é Juan Siqueira, advogado criminalista e especialista em Ciências Criminais, que alerta sobre como o perseguidor se alimenta de informações que as próprias vítimas disponibilizam nas redes sociais, ainda que inconscientemente, como uma foto do filho com o uniforme da escola onde ele estuda.