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A seleção brasileira de handebol masculino participa do Mundial 2019 com a ambição de ter seu melhor desempenho na competição, apesar das grandes dificuldades encontradas na fase de preparação pelos cortes de verbas e de patrocínio.
A competição começou na quinta-feira (10) com jogos na Alemanha e Dinamarca, países que organizam juntos o evento mais importante do calendário do esporte este ano.
O Brasil estreou na competição contra a França, atual campeã e que busca um sétimo título mundial, e na sequência, também em Berlim, pegou a Alemanha, considerada outra potência do grupo A.
A tabela reservou um começo difícil, mas a esperança vai se manter viva a partir dos jogos seguintes. O terceiro confronto será contra a Sérvia na segunda-feira. Na sequência vem a Rússia e, por último, a Coreia.
“Os jogos contra a França e a Alemanha são muito duros. Com as outras três equipes, a gente tem bastante possibilidade de confronto. O mais importante são as três vitórias que a gente possa ter. Não tem um jogo mais determinante. O jogo mais determinante é o terceiro, e se vencer passa a ser o quarto, e se vencer, passa a ser o quinto. Essa é a trajetória que vamos ter”, diz Washington Nunes, treinador da seleção brasileira em entrevista à RFI Brasil.
Nesta edição, o Mundial adotou mudanças. A margem de erro, ou seja, de derrotas, ficou ainda mais estreita.
“O campeonato mudou. Não é mais na forma que era a qualificação. Classificavam quatro depois tinha as oitavas de final. Agora são três países e carregam os pontos para a segunda fase. Nossa ambição é de classificação entre os três primeiros e estarmos pela primeira vez entre os 12 do mundo”, diz o treinador.
Nas duas últimas edições do Mundial, em 2017 e 2015, a seleção terminou em 16° lugar e, para melhorar esse desempenho, Washington conta com a experiência do elenco, já que a maioria dos atletas joga em clubes europeus e disputam durante todo o ano competições de alto nível. Mas, apesar do otimismo e da dedicação, a equipe vai ter que superar as dificuldades encontradas no período de preparação, longe de ser o ideal.
“A equipe não chega bem preparada. Tivemos problemas graves no Brasil na parte orçamentária. Perdemos patrocinadores. O país vive um período econômico grave. O esporte teve muita dificuldade neste período pós-Jogos Olímpicos do Rio”, lembra Washington.
Cortes de verbas
Segundo ele, as verbas para o handebol, que totalizavam cerca de R$14 milhões por ano, foram reduzidas para pouco mais de R$ 1,4 milhão, o que comprometeu todo o planejamento e calendário de preparação.
“Os Correios patrocinaram até o ciclo olímpico. Depois, eles tiveram problemas econômicos. Eles ofereciam algo em torno de R$ 7 milhões e passaram a oferecer cerca de R$ 1,4 milhão. Com esse dinheiro, foram pagos acampamentos, um trabalho feito com as equipes de base, com jogadores de todo o país para a sede em São Bernardo do Campo. Isso foi possível manter”, explica.
No entanto, a verba não foi suficiente para a preparação geral das equipes adultas do handebol brasileiro, tanto masculino como feminio. Outro patrocinador, o Banco do Brasil, também fechou a torneira do mesmo valor de patrocínio, cerca de R$ 7 milhões.
“Estamos falando de uma perda de cerca de R$ 14 milhões. Isso impactou diretamente em todas as possibilidades de treinamento, de encontro de jogadores. Só conseguimos treinar uma fase no ano inteiro”, diz, em referência ao mês de abril.
Na sequência, a equipe jogou dois torneios obrigatórios em 2018: o Sul-Americano, do qual sagrou-se campeão e garantiu vaga para disputar o classificatório para os Jogos Olímpicos de 2020, e os Jogos Pan-Americanos. Na final deste último, a equipe perdeu para a Argentina, resultado que garantiu a vaga no Mundial da A
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