Handebol: Haniel Langaro sonha com grandes clubes da Europa e Tóquio 2020
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O paranaense Haniel Langaro foi um dos destaques da seleção brasileira de handebol que terminou o Mundial de 2019 em nono lugar, melhor classificação da história do país na modalidade. Atleta do clube francês Dunkerque, ele tem grandes ambições pessoais e para o Brasil no esporte. Antes do confronto entre o PSG e Dunkerque na quarta-feira (13), em Paris, Langaro foi um dos atletas homenageados pela Liga francesa de handebol por ter participado do Mundial. A melhor participação do Brasil na competição continua viva na memória: "A gente mostrou que pode, tem uma equipe muito jovem, promissora e que tem muito a crescer. Se nos derem uma preparação melhor e com mais investimentos no Brasil, desde a categoria de base, podemos ter resultados melhores, tanto no masculino quanto no feminino". Aos 23 anos, o armador esquerdo ganhou uma experiência valorosa na sua segunda participação na competição, e fez uma avaliação positiva de sua própria performance.  “Acho que eu fiz um grande Mundial, pouco a pouco vou crescendo mais como pessoa fora, quanto nas quadras, tanto individualmente quanto coletivamente. Claro, posso melhorar muito mais ainda. Saí muito satisfeito do Mundial”, acrescenta. Eleito melhor jogador em quadra no histórico confronto contra a Croácia, vencido pelo Brasil por 29 a 25, Langaro foi às lágrimas ao final da partida, já na segunda fase do torneio. O momento ficará gravado na sua carreira sob os aspectos individual e coletivo. “Sim, acho que foi o nosso momento mais forte. Ninguém acreditava nem que passaríamos de fase e passamos por uma grande seleção. Mostramos o que somos, que podemos ir mais longe. À parte da vitória fazer nove gols contra a Croácia foi, sem dúvida, inesquecível”, disse.     Foco: vaga para Tóquio 2020 Haniel, assim como todos os jogadores e a comissão técnica da seleção, terão como foco a classificação para as Olimpíadas de Tóquio de 2020. A disputa vai ser em julho no Peru, durante os Jogos Pan-Americanos. O armador esquerdo prevê uma batalha dura contra os vizinhos pela vaga. “A Argentina sempre é complicada, o Chile vem incomodando há muitos anos, com a maioria dos jogadores atuando fora, Cuba também tem muitos jogadores de qualidade. A gente espera classificar, mas precisamos de uma preparação adequada e vai ser complicado”. Haniel também é consciente de que a equipe vai ter que superar dificuldades que vem de fora das quadras. Antes do Mundial, a seleção perdeu os patrocinadores e teve sua programação de treinos afetada. O que não impediu uma participação considerada histórica no último Mundial, mas que pode não se traduzir em mais investimentos nem atração de patrocinadores para a modalidade. O exemplo da seleção feminina, que mesmo tendo conquistado o Mundial de maneira surpreendente em 2013 perdeu patrocínio nos anos seguintes, justifica a prudência sobre as perspectivas e mais apoio para este esporte. “Vimos o feminino campeão mundial em 2013 sem ninguém acreditar e logo depois a perda de patrocínio. Daí um ano antes das Olimpíadas (2016), (recebe) um pouco de investimentos e acabam as Olimpíadas, perdem todos os patrocínios. A gente espera que vai melhorar, mas depois do nosso Mundial, perdemos mais um patrocínio. É complicado falar, a gente espera que vai ter melhorar, mais investimentos porque temos equipes muito boas, tanto no masculino quanto no feminino. Podemos buscar coisas grandes, mas sem investimentos, sem preparação adequada fica complicado”, avalia.   Sangue do handebol nas veias Nascido em Umuarama, e criado em Iporã, no noroeste do Paraná, Haniel tem o handebol nas veias. Cresceu vendo tio, primo  e principalmente o pai em quadra. “Foi de família. Já nasci com sangue de handebol”.  Seu pai Alessandro foi determinante na carreira. Ex-jogador da seleçã
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