'Os Versos Satânicos' de Salman Rushdie e a liberdade de expressão
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Salman Rushdie é um dos principais escritores contemporâneos em atividade no mundo. Aos 75 anos, ele levou ao menos dez facadas, na semana passada, e precisou ser encaminhado para o hospital, onde continua internado e já foi extubado. O autor do ataque é Hadi Matar, um jovem americano de origem libanesa que foi detido pela polícia pouco depois da agressão. Ainda não se sabe o que motivou a violência, mas a primeira suspeita é que o atentado tenha um fundo religioso. Isso porque um dos livros mais famosos de Salman Rushdie é “Versos Satânicos”, lançado em 1988. Assim que o romance saiu, a obra foi considerada uma blasfêmia contra a fé islâmica. Entre vários detalhes incômodos, a obra retoma um episódio em que Satã engana Maomé, por exemplo. A revolta contra "Versos Satânicos" foi tão grande que o aiatolá Khomeini, que era o líder religioso do Irã na época, emitiu um decreto pedindo a morte do escritor —o que gerou um dos casos mais barulhentos de ataque à liberdade de expressão na história recente. Agora, o recém-atentado contra o escritor reacende o debate sobre as ameaças do fundamentalismo à liberdade de expressão na literatura contemporânea. O Expresso Ilustrada discute por que "Versos Satânicos" causou essa polêmica e debate a importância de Salman Rushdie para a literatura. Para isso, o programa ouve a repórter da Folha Sylvia Colombo, que cobre os países da América Latina, e o jornalista Diogo Bercito, que foi correspondente do jornal no Oriente Médio e hoje assina o blog Orientalíssimo. See omnystudio.com/listener for privacy information.
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