EP 142 | ECONOMIA: Quanto vale um casamento?
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Será que as relações são motivadas pela racionalidade económica? O casamento e a parentalidade potenciam desigualdades? Quais as consequências de crescer numa família monoparental?  Na altura em que se celebra o Natal e como forma de marcar o último episódio desta temporada e da dupla de Hugos, vamos falar de famílias na perspetiva mais fria e objetiva: a da Economia.  Hugo Figueiredo traz à colação dois autores americanos de renome nesta área, Melissa Kearney e Gary Becker, para referir dados que não são animadores: a tendência para a monoparentalidade é um reflexo de como a instituição do casamento favorece os mais qualificados e com maior rendimento, potenciando as desigualdades sociais.  É legítimo, no entanto, colocar a pergunta: sendo a realidade social dos EUA tão diferente da nossa, será que em Portugal o mesmo se está a verificar? Faça play e despeça o ano do [IN] Pertinente Economia com um dos mais brilhantes episódios de 2023.   REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS Gary S. Becker, "The Economic Way of Looking at Life" (Coase-Sandor Institute for Law & Economics Working Paper No. 12, 1993). Becker, G. S. (1991). A treatise on the family: Enlarged edition. Harvard University Press. Adshade, M. (2013). Dollars and sex: How economics influences sex and love. Chronicle Books. Goldin, C., & Katz, L. F. (2002). The power of the pill: Oral contraceptives and women’s career and marriage decisions. Journal of political Economy, 110(4), 730-770.  Kearney, M. S. (2023). The Two-Parent Privilege: How Americans Stopped Getting Married and Started Falling Behind. University of Chicago Press. Kearney, M. S., & Levine, P. B. (2017). The economics of nonmarital childbearing and the marriage premium for children. Annual Review of Economics, 9, 327-352. 15  Autor, D., Dorn, D., & Hanson, G. (2019). When work disappears: Manufacturing decline and the falling marriage market value of young men. American Economic Review: Insights, 1(2), 161-178. Anelli, M., Giuntella, O., & Stella, L. (2021). Robots, marriageable men, family, and fertility. Journal of Human Resources, 1020-11223R1. Buss, D. M. (1989). Sex differences in human mate preferences: Evolutionary hypotheses tested in 37 cultures. Behavioral and brain sciences, 12(1), 1-14.  Chiappori, Pierre-André, Bernard Salanié, and Yoram Weiss. 2017. "Partner Choice, Investment in Children, and the Marital College Premium." American Economic Review, 107 (8): 2109-67. Chiappori, P. A., Dias, M. C., & Meghir, C. (2018). The marriage market, labor supply, and education choice. Journal of Political Economy, 126(S1), S26-S72. Bruze, G. (2015), Male and Female Marriage Returns to Schooling. International Economic Review, 56: 207-234.  Chiappori, P. A. (2020). The theory and empirics of the marriage market. Annual Review of Economics, 12, 547- 578. BIOS HUGO VAN DER DING É muitas personagens. Locutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, também auto de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, podemos encontrá-lo, ou melhor ouvi-lo, todas as manhãs na Antena 3 ou por detrás dos bonecos que nos surgem todos os dias por aqui e ali. HUGO FIGUEIREDO É professor de Economia na Universidade de Aveiro, investigador do CIPES - Centro de Investigação em Políticas do Ensino Superior e colaborador do GOVCOPP – Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas.  É licenciado em Economia pela Universidade do Porto e doutorado em Ciências Empresariais pela Universidade de Manchester. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas da economia do trabalho, da educação e do ensino superior.
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