Description
Mesmo quem nasceu depois do fim da ditadura provavelmente tem na cabeça alguns dos slogans ou das canções criados pelo regime militar. "Este é um país que vai pra frente" e "Brasil: ame-o ou deixe-o" continuam ecoando quase 40 anos depois da redemocratização, o que indica que a propaganda teve êxito em seus objetivos.
Para Carlos Fico, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), isso se deve, sobretudo, à forma como a ditadura militar mobilizou um imaginário nacional muito arraigado: a visão otimista que concebia o Brasil como um país destinado à grandeza.
O historiador acaba de lançar uma nova edição de "Reinventando o Otimismo", livro que examina como a ditadura mobilizou os discursos otimistas sobre o Brasil para criar uma propaganda que parecia despolitizada.
Neste episódio, Fico afirma que as campanhas do regime encapsulavam a ideia, dominante entre os militares, de que a sociedade brasileira precisava ser tutelada pelas Forças Armadas para que o país pudesse se desenvolver.
O autor também compara a utopia da ditadura, que imaginava um futuro brilhante para o Brasil, e os discursos atuais do bolsonarismo e da extrema direita, centrados na restauração dos valores de um passado visto com nostalgia.
Produção e apresentação: Eduardo Sombini
Edição de som: Laila Mouallem e Raphael Concli
See omnystudio.com/listener for privacy information.
Em 2018, Tiago Rogero ouviu a escritora Conceição Evaristo falar, em uma palestra, que as escolas brasileiras ensinavam a Revolução Farropilha, no Rio Grande do Sul, mas não a Revolta dos Malês, levante de escravizados de Salvador em 1835.
O jornalista diz que, depois disso, passou a pensar nas...
Published 11/09/24
Por que eleitores pobres que votaram em Lula e Dilma em quatro eleições seguidas passaram a dar vitórias à direita? O sociólogo Jessé Souza tenta responder a essa questão em seu mais recente livro, o recém-lançado "O Pobre de Direita: A Vingança dos Bastardos" (Civilização Brasileira).
Jessé,...
Published 10/19/24