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Se fosse um país, a carne bovina brasileira seria a sétima maior emissora de gases de efeito estufa do planeta, à frente do Japão. O desmatamento responde por 70,6% das emissões da carne, seguido pelas emissões diretas do rebanho (29,2%), o metano liberado pelo sistema digestivo do animal. Esse é um dados importantíssimos trazidos pelo estudo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima.
Enquanto a média mundial de emissões de gases de efeito estufa relativas aos sistemas alimentares - produção de comida - gira em torno de 37%, no Brasil, esse número é 74%: e 78% delas vem da cadeia da carne bovina. A razão? O desmatamento realizado para abrir pastagens e/ou novas áreas para monoculturas extensivas de grãos voltados a alimentação animal (70,6% das emissões da carne). O grande agro segue dizendo que nossa produção é a mais "verde" e sustentável do mundo, mas a ciência aponto o contrário - e em tempos de colapso climático, isso não é nada, nada bom.
Para conversar sobre o tema, meu convidado David Shiling Tsai, um dos autores do estudo. David é engenheiro químico, atual coordenador do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima e gerente de projetos no Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), onde atua desde 2007.
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