Vieram de áreas muito diferentes, mas a gastronomia impôs-se nas suas vidas. Foram adiando essa urgência, até cederem e se tornarem parceiros na profissão e na vida.

Tem de San Sebastián as melhores memórias, mas foi em Porto Covo que se fixou, com um restaurante aberto o ano inteiro, que tem ajudado muito a dinamizar a vila.

Alice Artur e Joana Trindade Bento são artistas e fazem performances com comida. Querem reavivar as memórias passadas à mesa e reunir aí novamente as pessoas para que criem momentos especiais.

É blogger de cozinha, no seu blog Cinco Quartos de Laranja, tem vários livros editados e o ponto de partida das suas receitas tem quase sempre uma história associada.

Tem raízes portuguesas e indianas, cresceu rodeado de sabores. Teve um longo percurso nalguns dos melhores restaurantes portugueses até se instalar no Alentejo... e abrir uma padaria em Lisboa.

Inovação repetida várias vezes cria a tradição, assim fala o cozinheiro transmontano, com orgulho nas suas raízes, mas com sede de mundo. E com ideias muito claras sobre restauração e produto.

É escanção, mas os vinhos na sua vida foram um acaso. Fala deles com paixão e entusiasmo, defende os vinhos portugueses e deu-nos uma masterclass impressionante.

Começou pelo mundo da música, correu mundo, mas aos 31 anos decidiu que queria ser cozinheiro. Nos últimos 30, tem-se dedicado a mudar a forma como a profissão é vista, com vários projetos de cantinas e restauração.

Começou a cozinhar nos escuteiros. Com raízes algarvias, foi a gastronomia do Algarve e o negócio de família na restauração que o fizeram perceber que o seu caminho passava pela cozinha. E tem sido um caminho diverso...

Aos 12 anos, já fazia cursos de cozinha. Cresceu a percorrer o mundo, investiu na sua formação, aperfeiçoou a sua pastelaria em Paris, até se fixar em Lisboa, onde adoça a vida dos portugueses.

Começou a cozinhar aos 9 anos para a família, que trabalhava no campo, e foi com uma feijoada que descobriu a paixão pela cozinha. Só depois de um percurso diverso é que decidiu dedicar-se a esse mundo, onde é feliz.

Aos 42 anos, desempregada, concorreu ao Masterchef. Dez anos depois, sente orgulho no seu percurso, mas sobretudo de sentir o impacto que tem nas pessoas, muito para além das receitas que apresenta na televisão.

É americana, é designer de bolos de luxo e os seus favoritos são os de casamento. A sua vida divide-se entre Portugal e os Estados Unidos, onde torna mais doces os dias mais felizes dos seus clientes.

Partiu da cultura a sua atual ligação ao património alimentar de Mértola. Por si, passam projetos que privilegiam a proximidade, a biodiversidade, a produção local, mas sobretudo a comunidade.

Conhecemo-la da música, mas é na cozinha que surgem as suas maiores inspirações e criações. Tudo o que sabe aprendeu com a avó e descobriu depois as cozinhas do mundo, em Londres.

Embora seja desvalorizada, a formação é essencial nas áreas de hotelaria e restauração. Hoje, falamos da sua rápida evolução e da importância crescente para os novos profissionais.

Começou como produtor e hoje é realizador. Trouxe inovação à televisão, nomeadamente à forma como se fazem programas de culinária em Portugal. E adora comida, que considera ser o princípio de tudo.

Quis ser jogador de basquetebol e investigador criminal. Mas é como chefe de cozinha que é feliz. Mudou-se recentemente do campo para a praia e diz a rir que á mais fácil cozinhar para os clientes do que para a família.

O apelido dispensa apresentações: faz parte da 3ª geração de um negócio familiar que faz muita gente feliz - gelados. Aprendeu com o avô e cresceu na gelataria que hoje gere. E tem um sabor favorito...

É de Tentúgal e as cozinhas regionais são a sua paixão e o foco da sua investigação. É professora e defende a ideia de que é preciso segurar e prosperar a diversidade das tradições nacionais.

Há mais de 20 anos, trocava o curso de Direito... pelo pão. Mestre de pão, estudioso, viaja para aprender mais sobre este alimento. Diz que o pão é vida e saúde, mas também cultura, memória e identidade.

Jornalista fascinada por política internacional, sobretudo no Médio Oriente, descobriu o papel agregador da comida em várias áreas - cultura, política, religião, educação ou saúde - e passou a ser esse o seu foco.

Radialista, é um ótimo garfo. Diz que foram os chefs, primeiro seus entrevistados, alguns que se tornaram amigos, que lhe começaram a abrir os horizontes da gastronomia. E ainda nos deixou algumas das suas muitas ideias.

É transmontana e não gostava de cozinhar. Até ter vindo para Lisboa e ter ganho o gosto pela cozinha num dos restaurantes mais icónicos da capital, onde está há mais de 40 anos.