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Teve uma vida cá fora antes de decidir ser monja budista, incluindo assistente de backstage de David Bowie ou Alice Cooper! Também foi jornalista no tempo da ditadura militar em que muita gente desaparecia no Brasil, e, por isso, habituou-se aos porquês e a observar a realidade. Isso também fez parte do despertar.
Hoje, a Monja Coen tem 77 anos e vive em São Paulo num templo zen de budismo japonês. Tem mais de 20 livros publicados, já vendeu mais de meio milhão de livros em todo o mundo, tem um canal de youtube com mais de um milhão de subscritores e tem um sentido de humor apurado, mesmo como gostamos.
“O ego é danadinho, ele quer tomar conta, ele quer brigar e ele quer se impor porque ‘eu, eu, eu’ , e a gente fala ‘sai desse eu menos e entra no nós, que é o eu coletivo”, explica a Monja Coen a partir do seu templo.
E será que para haver mudança, tem que se estar no mosteiro? “Tem que estar no mundo, minha filha. A gente tem ideias fantasiosas dos mosteiros, que são lugares de paz e de harmonia, mas não. São lugares para trabalhar o ego. Tanto que a minha superiora, quando eu cheguei ao mosteiro, disse: você pensa que aqui são todas as pessoas com níveis superiores de consciência? Não, somos seres humanos. E é como se puséssemos pedrinhas numa jarra e fechássemos essa jarra e sacudíssemos. Vão bater pontas contra pontas. E quem ficar redondo primeiro, não fere nem é ferido”.
A monja mais mediática do Brasil, e talvez uma das mais influentes no mundo, falou também sobre aprender a lidar com as emoções: “A raiva existe. E é importante a gente reconhecer ‘tou com raiva, tou furiosa’ em vez de matar alguém, em vez de matar a si mesmo. Você fala ‘nossa, que interessante, a raiva existe e ela pode ser uma alavanca de transformação do mundo. Como é que vou usar essa energia para evitar que outras pessoas fiquem com essa indignação que estou a sentir? Como é que modifico as situações atuais do mundo para que haja menos violência?”
No final da conversa da Monja Coen com Ana Delgado Martins há uma resposta conclusiva sobre o Sentido da Vida. É ouvir até ao fim.
Esta semana, a Ana Delgado Martins ficou sem convidado e pelo caminho torceu o pé. Foi o mote perfeito para uma edição do Sentido da Vida dedicada à vulnerabilidade, desta vez sem entrevistas, mas com a tradução de uma das cinco palestras mais ouvidas de sempre em TED.com da autoria da...
Published 11/24/24
“Quando estamos muito tristes, muito mal ou chateados com o outro, experimentem fazer este exercício: começar a rir. Forçamos, forçamos, às tantas está toda a gente a rir às gargalhadas daquela forma que dói a barriga e não dá para parar de rir. Rir é mesmo o melhor remédio”. A recomendação é da...
Published 11/18/24