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“Eu tenho esperança na humanidade quando estou em sítios como numa guerra e há uma pessoa a tocar piano no meio da rua”, conta João Porfírio, fotojornalista e editor de fotografia do Observador. Isso é uma coisa que me preenche brutalmente, que me deixa genuinamente feliz e que me faz esquecer o sítio onde estou e o propósito de estar ali”.
João tem 28 anos, foi diagnosticado bastante novo com stress pós-traumático, é medicado quando é preciso e faz terapia praticamente todas as semanas. Saiu da Ucrânia a seu pedido após 75 dias. Venceu vários prémios de fotojornalismo pelo seu trabalho e, há poucas semanas, recebeu o prémio Gazeta, o mais importante prémio de jornalismo em Portugal, precisamente numa altura em que foi convocada a segunda paralisação de sempre dos jornalistas em Portugal: “É um problema absolutamente gigantesco. Eu disse na cerimónia dos Prémios Gazeta que um jornalismo pobre é uma democracia a caminho do abismo”.
A inteligência artificial é outra das ameaças ao jornalismo, como explica João Porfírio: “Eu hoje escrevo num programa de software de inteligência artificial ‘eu quero uma fotografia que se perceba que é na Ucrânia, com um soldado ucraniano a matar um soldado russo com a bandeira ucraniana na mão esquerda e a arma na mão direita; é altamente improvável que essa fotografia exista feita por algum fotojornalista ou fotógrafo e, em cinco segundos, essa imagem aparece-te à frente e tu tens muitas dúvidas se aquela fotografia é real ou não”.
E para alguém que já viu o pior da humanidade, o Sentido da Vida passa por resistir ao ódio: “Há quem ascenda com a divisão e com o ódio. É fundamental respeitarmo-nos uns aos outros”.
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Published 11/24/24
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Published 11/18/24