Estiagem e geadas reduzem ainda mais a produção de cana-de-açúcar nacional
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A estimativa de queda no volume da cana-de-açúcar no Brasil está prevista em 9,5%, de acordo com o 2º Levantamento da Safra 2021/22, divulgado nesta quinta-feira (19) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A expectativa é que sejam colhidos 592 milhões de toneladas, representando um volume de cerca de 62 milhões de toneladas de matéria prima a menos em relação à safra 2020/21. Os efeitos climáticos adversos da estiagem durante o ciclo produtivo das lavouras e as baixas temperaturas registradas em junho e julho estão entre as causas da redução. Produtos – Com a menor oferta de matéria prima, haverá impactos nos derivados da cana. A produção total de etanol, que engloba informações do produto à base de cana-de-açúcar e de milho, deve ser afetada nesta safra. O volume estimado é de 29,22 bilhões de litros, redução de 10,8% em relação ao ciclo anterior. No caso do etanol à base de cana, a produção deve chegar a 25,86 bilhões de litros. O etanol anidro de cana-de-açúcar, utilizado na mistura com a gasolina, deverá crescer 5,6% em relação à última temporada, alcançando 9,84 bilhões de litros e para o hidratado, a previsão é de 16,02 bilhões de litros, redução de 21,6% em relação à safra anterior. Mercado – Diante do cenário de aumento das incertezas sobre a oferta futura, o preço médio do açúcar em julho deste ano chegou em 17,74 centavos de dólar por libra-peso na Bolsa de Nova Iorque, o que corresponde a um aumento de 3,1% em relação ao preço médio do mês anterior. Na primeira semana deste mês de agosto, as cotações já superam a casa de 18,00 centavos de dólar por libra-peso. Assim como no ciclo anterior, o açúcar exportado pelo Brasil nos primeiros quatro meses da safra 2021/22 (9,5 milhões de toneladas) continua tendo como principais destinos países da Ásia e África. Com relação ao etanol, a exportação foi cerca de 691,1 milhões de litros no acumulado de abril a julho de 2021, o que corresponde a uma redução de 16,9% em relação a igual período do ciclo anterior. Assim como acontece com o açúcar, o etanol é afetado pelas adversidades climáticas que atingiram a produção da matéria-prima no campo. O principal destino, no acumulado dos primeiros quatro meses da safra 2021/22, foram os Estados Unidos. A redução da oferta interna também é restringida pela queda da importação. O Brasil importou cerca de 63,3 milhões de litros de etanol no acumulado de abril a julho de 2021, uma redução de 73,3% em relação a igual período da safra passada. Os dados completos sobre o 2° Levantamento da Safra 2021/22 de cana-de-açúcar e as condições de mercado deste produto podem ser conferidas no Boletim de Safra da Cana-de-Açúcar. Outras informações sobre os efeitos do clima nas safras são disponibilizadas regularmente nas edições do Monitoramento de Geadas e no Boletim de Monitoramento Agrícola da Conab. Mais informações para a imprensa:Gerência de Imprensa(61) 3312-6338/ 6344/ 6393/ [email protected]
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