A enchente em Porto Alegre ainda preocupa e deixa bairros inteiros debaixo d’água. Mas também é verdade que, onde a água já baixou, a limpeza está a todo vapor. Um estudo do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em parceria com a empresa Mox Debris e voluntários, estima que serão gerados 46 milhões e 700 mil toneladas de entulhos oriundos das cheias que atingem o estado desde o início de maio.

Na Avenida São Pedro, no bairro São Geraldo, Zona Norte de Porto Alegre, todos os comerciantes de todos os segmentos estão num intenso processo de limpeza de seus estabelecimentos. Ali, a água baixou no início desta semana e chegou a hora de contar os prejuízos. Mas e depois, como se reerguer?

A catástrofe provocada pelas chuvas que atinge a 94% do Rio Grande do Sul tem muitas consequências. As principais delas são relacionadas às vidas, as humanas e as animais. De acordo com o balanço mais recente da Defesa Civil gaúcha, desde o início da tragédia, mais de 12 mil animais foram resgatados. Mas assim como os humanos, muitos dos pets também perderam tudo. E os abrigos estão com desafios. Saiba quais são.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse à imprensa, após as enchentes que atingiram o estado Rio Grande do Sul, que seria estudada a ampliação do canal que conecta a Lagoa dos Patos, no sul gaúcho, ao Oceano Atlântico. A possibilidade, no entanto, não é de simples e barata execução, além de gerar possíveis danos ambientais para a região, conforme analisaram especialistas ouvidos pela Agência Radioweb.

A enchente que atinge o Rio Grande do Sul desde o início de maio afetou tanto bairros de classe média como de população mais pobre. Mas, claramente, o estrago é maior para quem já estava na base da pirâmide socioeconômica.

O desastre climático que assola o Rio Grande do Sul já afeta mais de 90% do estado. E em meio à tragédia, o número de pessoas resgatadas impressiona: mais de 82 mil, de acordo com o balanço mais recente. No entanto, os números escondem uma dúvida: como está sendo o desafio de resgatar e salvar pessoas em situação de vulnerabilidade, em especial, as pessoas com deficiência?

Mapear as áreas destruídas para levantar as necessidades de novas unidades habitacionais em cada município atingido pela tragédia climática no Rio Grande do Sul. É com esse objetivo que o Ministério das Cidades disponibilizou um formulário digital para o preenchimento dos prefeitos das cidades que já iniciaram a reconstrução.

O Ministério de Portos e Aeroportos anunciou nesta segunda-feira (20/05) que a Base Aérea de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, estará autorizada a receber voos comerciais a partir de quarta-feira, dia 22. A medida é importante pois o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, ainda está com a pista alagada e não tem previsão de retomar a operação.

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou, nesta segunda-feira (20/05), a primeira morte por leptospirose no estado após as enchentes que atingiram mais de 90% das cidades gaúchas. Trata-se de um paciente de 67 anos da cidade de Travesseiro, no Vale do Taquari. 

A quantidade de pessoas desaparecidas em decorrência das enchentes no estado do Rio Grande do Sul caiu para 85. Isto foi o que informou o governo estadual na atualização mais recente sobre a situação da região. Ao todo, 157 pessoas morreram até agora por conta dos eventos climáticos extremos.

Observar o nível do Lago Guaíba virou rotina nos últimos dias para os porto-alegrenses. Acima da cota de inundação desde 2 de maio, as águas já apresentaram dois picos, o maior deles em 5 de maio, 5 metros e 35 centímetros. Mas, segundo especialistas, a projeção é que o pior cenário tenha ficado no passado e, aos poucos, as águas voltem ao seu lugar.

A quantidade de pessoas desalojadas no Rio Grande do Sul em decorrências das enchentes se ampliou, conforme informa o governo estadual. Mais de 76 mil pessoas estão alojadas em abrigos.

A indicação do ministro Paulo Pimenta para chefiar a recém-criada Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, pelo Governo Federal, gerou críticas e desconforto no atual governador do estado, Eduardo Leite, e membros do seu partido, o PSDB.

A enchente no Rio Grande do Sul atingiu bairros de todas as classes sociais, de vilas a condomínios de alto valor. Mas inegavelmente são as pessoas em vulnerabilidade social as que mais sofrem com a tragédia. Um desses segmentos é o de catadores de material reciclável. 

Cerca de 3 mil estabelecimentos de saúde podem ter sido afetados de alguma forma pelo desastre climático no Rio Grande do Sul. São consultórios, clínicas, centros de saúde especializados, farmácias.

Correios orientam doações para o Rio Grande do Sul, que enfrentam consequências das enchentes e chuvas.

Segundo informa o governo estadual, a MP permite maior agilidade nos procedimentos públicos para a contratação de bens, obras e serviços, inclusive de engenharia, diante de calamidades, criando presunções de urgência, reduzindo prazos, simplificando atos da fase preparatória e flexibilizando requisitos de habilitação diante da redução da oferta de fornecedores.

A Defesa Civil estadual instalou, em Pelotas, um Gabinete de Gestão Integrada Regional no Nono Batalhão de Infantaria Motorizada, espaço que divide com meteorologistas e professores da Faculdade de Meteorologia da Universidade Federal de Pelotas.

A atualização do governo do Rio Grande do Sul, divulgada na manhã de sábado, indica que cerca de 77 mil pessoas ainda seguem alojadas em abrigos.

Retirar a água que extravasou dos diques das cidades de Porto Alegre e da Região Metropolitana é uma das prioridades da Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. Para tanto, a pasta, em parceria com o governo do Estado e as prefeituras locais, está articulando a chegada de 27 bombas de escoamento de água cedidas por outros estados brasileiros.

Os níveis da Lagoa dos Patos e do Canal São Gonçalo em Pelotas permaneceram estáveis ao longo desta sexta-feira. Na atualização divulgada pela prefeitura, a Lagoa estava em 2,71m, mesma marca da noite do dia anterior. Já o Canal estava em 2,97m, 3 centímetros a menos que os 3 metros de quinta-feira.

A água das enchentes que afeta mais de 90% do Rio Grande do Sul está começando, em muitos lugares, a baixar. Dessa maneira, uma grande quantidade de pessoas começa naturalmente a voltar às suas casas para tentar dimensionar o tamanho dos estragos e prejuízos. Mas ao realizar esse movimento, é preciso estar atento aos riscos que envolvem a eletricidade, especialmente em áreas que ficaram muito tempo debaixo d'água.

O Governo Federal anunciou nesta semana uma série de medidas para auxiliar toda a população afetada pela maior enchente da história do Rio Grande do Sul. Entre elas, está a facilitação do acesso de famílias que perderam suas moradias ao programa Minha Casa, Minha Vida.

A inundação no Centro de Porto Alegre já dura cerca de 2 semanas, mas mesmo depois de tanto tempo, ver os lugares onde eu e milhares de gaúchos costumávamos passar frequentemente tomados pela água não deixa de ser impressionante. Nesta quinta-feira (16/05), pude conferir este cenário a bordo de um helicóptero do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás. 

As gestões federal, estadual e os municípios precisarão estar alinhadas em relação a como realocar famílias que perderam suas casas nas enchentes no Rio Grande do Sul. A opinião é da professora e pesquisadora do Observatório das Metrópoles de Porto Alegre, do mestrado em Direito da Fundação Escola Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Betânia Alfonsin. Há ainda uma clara dificuldade por parte do poder público de como será essa distribuição. Em Porto Alegre, por exemplo, o...