Plataforma Global para Cidades Sustentáveis vai ser realizada no Brasil pela primeira vez. O evento reúne cidades de diversos países com o objetivo de estimular melhorias na qualidade de vida da população. O projeto City Nova visa gerar informações e ferramentas para prefeitos tomarem decisões sustentáveis.

Para o médico sanitarista e técnico de democracia e participação do Instituto Pólis Jorge Caiano, o acesso aos serviços de saúde e a melhora na qualidade deles só serão efetivos se isso for combinado à melhora global das condições de vida da população, o que inclui moradia, saneamento, educação e trabalho digno. Jorge Abrahão destaca que fazer com que o sistema de saúde tenha maior 'equidade' contribui com a redução da desigualdade.

A diretora de programas do Instituto Igarapé Melina Risso explica a importância do Atlas da Violência 2019 para a efetivação de medidas governamentais contra o alto índice de homicídios. O estudo mostra que 120 cidades do Brasil concentram 50% do total registrado no país.

Jorge Abraão destaca que há uma série de questões que só o caminhar a pé nos permite. Leticia Sabino, da organização SampaPé, fala sobre a semana do caminhar e afirma que esse método de transporte é o mais sustentável e o mais utilizado nas cidades brasileiras. Ela defende que o caminhar precisa ser entendido como prioridade e trazido para políticas públicas.

As duas cidades foram as únicas no Brasil a apresentar o documento, que expõe as medidas que estão sendo tomadas para cumprir a Agenda 2030. O prefeito de Santana de Parnaíba, que fica na região metropolitana de São Paulo, afirmou que a energia implantada no relatório ‘vem para contribuir com um plano de metas de políticas públicas eficazes que impacta e melhora a vida das pessoas’.

Jorge Abraão faz um balanço do Fórum Político de Alto Nível da ONU. Ele destaca que o avanço existe, mas é lento. E que é preciso mais ambição. Como convidada, Nísia Trindade Lima, Presidente da Fiocruz, apresenta suas impressões sobre o papel do Brasil no Fórum. "Só políticas públicas continuadas podem fazer o Brasil avançar para um mundo mais justo", avalia.

O Fórum de Alto Nível da ONU acontece pela quarta vez e discute o avanço da 'Agenda 2030', que estipula metas para o desenvolvimento sustentável e a redução de desigualdades sociais. Apesar de ter participado ativamente da criação da agenda em 2015, o Brasil não participa dessa edição do Fórum.

Maria Alice Setubal, presidente do Conselho da Fundação Tide Setubal, participa do Cidade Sustentáveis para analisar a educação brasileira. Ela falou sobre a nova ferramenta de gestão, que pretende entender as exclusões e desigualdades que envolvem os processos de aprendizagem no Brasil: o Indicador de Desigualdades e Aprendizagens – Idea.

Jorge Abrahão comenta os resultados da pesquisa da Rede Nossa São Paulo que mede a percepção dos paulistanos sobre a tolerância da cidade de São Paulo com a população LGBT+

Evangelina Vormittag, diretora executiva do Instituto Saúde e Sustentabilidade, chama atenção para os problemas de saúde causados pela emissão de gases poluentes. A principal enfermidade é o câncer. Estudos mostram que se continuar como está, até 2030 São Paulo terá 256 mil mortes e um milhão de internações por causa da poluição do ar. Madrid e Oslo são referências.

Jorge Abrahão comenta a pesquisa da Rede Nossa São Paulo, que constata percepção negativa de paulistanos em relação às políticas públicas voltadas à comunidade LGBTQI+ na capital paulista. O estudo identifica omissão da prefeitura no combate à LGBTfobia.

Com a participação de Mário Mantovani, da SOS Mata Atlântica, Jorge Abrahão destaca a relevância dessa iniciativa. Mantovani afirma que, desde que o monitoramento começou, em 1986, já foram alcançados números fantásticos. Eles discutem a importância dos dados, números e evidências para a preservação do Meio Ambiente.

De acordo com a cientista ambiental Sophia Picarelli, o conceito 'promove a inspiração na natureza e nos ecossistemas para superarmos grandes desafios'. Na prática, as soluções baseadas na natureza oferecem um leque de recursos que podem ser utilizados para tornar a vida nas cidades mais ecológica e barata.

Marússia Whately, da Aliança pela Água, participa do quadro Cidades Sustentáveis. Ela comenta o que é a Política Municipal de Segurança Hídrica de São Paulo, lei que o prefeito Bruno Covas vai sancionar.

Apenas metade de população tem sistema de coleta de esgoto adequada - e apenas 50% do que é coletado é tratado. Para o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Glademir Aroldi, Governo Federal deve auxiliar os municípios a executarem os projetos.

O ex-secretário do Verde e Meio Ambiente de São Paulo foi o convidado do Cidades Sustentáveis deste domingo. Ao lado de Jorge Abrahão ele comentou os desafios das cidades em relação à manutenção da biodiversidade. Para ele, é preciso entender o crescimento das cidades, incorporando a elas conceitos de preservação do meio ambiente e melhorando as condições de capital ambiental.

O evento laureia municípios por políticas públicas que melhorem a vida da população. Rogério Menezes, secretário de Meio Ambiente de Campinas, destrincha os pontos que levaram a cidade paulista a ser reconhecida como uma cidade que visa desenvolver políticas ambientais. Edição deste ano premiará iniciativas que envolvem a desigualdade econômica e acesso a serviços.

Zuleica Goulart, coordenadora do programa Cidade Sustentáveis, recebe Cacá Viana secretário municipal de Educação de Diadema, em São Paulo, para falar sobre o estímulo da educação integral.

Para o geógrafo da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis Cid Neto, a criação de unidades de conservação repercutem nas economias das cidades, atraindo turistas e promovendo qualidade de vida à população. Segundo ele, o pagamento por serviços ambientais e políticas de incentivo fiscal podem adequar as cidades ao crescimento sustentável.

O Cidades Sustentáveis conversou com Danilo Miranda, diretor do Serviço Social do Comércio (Sesc) no estado de São Paulo, para falar de como a cultura ajudou a formar a identidade como população das cidades.

Elisabeth Grimberg, coordenadora da área de Resíduos Sólidos do Instituto Pólis e membro da Aliança Resíduo Zero no Brasil, falou ao Cidades Sustentáveis sobre a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Um estudo coordenado pela professora do Departamento de Ciência Política da USP e diretora de pesquisa do Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Judiciais Maria Tereza Sadek mostra que muitos municípios carecem de rede de assistência. Segundo ela, a população mais pobre é a mais vulnerável, e isso afeta o exercício pleno da cidadania.

O comportamento, a saúde mental e a relação deles com a escola e com a violência são alguns pontos que devem ser considerados. Para a socióloga Miriam Abramovay, é preciso ter atenção às diferentes juventudes, e grupos que estão fora do escola merecem cuidado especial.

O comportamento, a saúde mental e a relação deles com a escola e com a violência são alguns pontos que devem ser considerados. Para a socióloga Miriam Abramovay, é preciso ter atenção às diferentes juventudes, e grupos que estão fora do escola merecem cuidado especial.