O episódio final da série é o registro da Live de lançamento do livro, que ocorreu no canal da editora Mundo Cristão no Youtube em 02 de setembro de 2020. Durante 90 minutos, Paulinho Degáspari (do podcast Irmãos.Com) entrevista Ricardo Alexandre e modera perguntas dos espectadores. Para novidades, siga Ricardo Alexandre no Instagram @ricardoalexandremeiooficial, no Twitter (@causa_propria) e no Facebook.

Se em vez de questionar "isto é certo ou errado?" sua preocupação fundamental é saber "isto é de direita ou de esquerda?", você está no ponto exato para onde o sistema político tem tentado nos conduzir nos últimos anos.

Políticos interessados no voto dos cristãos sempre vão mostrar que estão "do lado de cá" do muro levantado pela religião, seus rituais e seu vocabulário. Ironicamente, a Bíblia mostra que o seguidor de Jesus deve estar "do lado de lá", servindo aos mais frágeis.

"A religião é o câncer do mundo" é um dos mantras do neo-ateísmo, junto com "A religião envenena tudo". O quanto dessas afirmações está embebida em preconceito e arrogância? Por outro lado, o quanto os cristãos estão empenhados em fazer a igreja ser respeitada como "uma cidade sobre o monte"?

A doutrina que transforma os dogmas religiosos em intolerância chama-se "batalha espiritual"; é essa intolerância que é usada pelos políticos como combustível na guerra religiosa com intenções eleitoreiras. 

O candidato tinha opiniões fortes a respeito de tudo e costumava se definir como cristão. Mas não estava preparado para ouvir uma pergunta simples: "Você já orou pedindo perdão a Deus?"

Ninguém discute que as redes sociais tiveram um papel determinante na vitória de Jair Bolsonaro em 2018. Mas as estratégias usadas pela equipe do presidente-influencer ainda são alvo de muita controvérsia.

A Bíblia tem algo muito importante a nos dizer sobre nossa idolatria por opinião e sobre a cultura da “lacração” nas redes sociais.

No reino da opinião, todos sempre temos algo urgente a dizer ou compartilhar para o mundo. Foi graças à nossa obsessão por opinião que uma agência de consultoria política detonou uma discussão internacional que até hoje está longe de se resolver.

No Século 21, nós vivemos embaixo de um peso cultural que praticamente nos obriga a ter - e a manifestar - nossa opinião a respeito de todos os assuntos do mundo. Tem muita gente lucrando com isso.

Historicamente, o cristianismo só foi hegemônico sob força de um Estado opressor. Numa sociedade democrática e plural, a influência dos cristãos é exercida nas margens sociais, e não nos centros de poder. Será que a igreja brasileira está se preparando para o mundo do futuro ou do passado?

Jesus Cristo pretendia que as boas obras dos seus seguidores fossem tão "resplandecentes" que Deus fosse glorificado por toda a sociedade. Mas o que muitos líderes brasileiros pretendem hoje é que políticos trabalhem em favor dos evangélicos em Brasília.

A "teologia da prosperidade" ensinou ao cristão brasileiro que o que é a partir do dinheiro que nós nos relacionamos com Deus, que é com dinheiro que Deus recompensa nosso empenho e que pobreza é sinal de falta de fé e empenho. Qual o efeito desse ensino na hora de um evangélico avaliar as propostas econômicas de dois candidatos?

A Bíblia ensina a respeitar as autoridades e orar por elas. Mas muitos líderes usam esses versículos para ensinar que o cristão precisa apoiar incondicionalmente os governantes e que, em vez de criticá-los no que elas fazem de errado, nós temos de discretamente, orar por eles. Será que isso faz sentido à luz das Escrituras?

Voto de cajado, "revelações", interesses políticos, tudo isso sempre existiu. Mas durante a campanha de 2018, as igrejas subiram no palanque com um nível de adesão, fervor e imprudência num volume muito diferente, e em situações muito diferentes.

30 anos depois do fim da União Soviética, a “ameaça comunista” voltou a ser temida no Brasil. Para encerrar a semana dedicada ao tema, é preciso falar de um assunto especialmente caro para os cristãos: o “marxismo cultural”.

O medo, a incerteza e a dúvida são elementos poderosos usados para vender de cursos de línguas a computadores. E também para vender a sensação de segurança que - segundo a propaganda - só pode estar nas mãos deste ou daquele candidato.

Esta semana estamos conversando a respeito dos dois sistemas políticos e econômicos que atravessaram o século 20 e, por alguns motivos, influenciaram o clima político do Brasil do século 21: o liberalismo e o capitalismo. Neste episódio, vamos falar sobre como esses sistemas se relacionam com a religião.

A Bíblia faz questão de manter estiradas diversas tensões que contrariam nossas intenções partidárias, nosso coração polarizado. Uma das mais interessantes, e mais úteis para nossa missão de construir uma visão política mais madura e mais alinhada ao coração de Jesus Cristo, é a que está na chamada Parábola dos Trabalhadores da Vinha.

Apenas quatro países no mundo se consideram comunistas: China, Laos, Cuba e Vietnã. Entretanto, o medo de uma “ameaça comunista” continua fazendo parte do debate político brasileiro. Mas o que é comunismo? E como ele se opõe ao capitalismo? E o que eles têm a ver com o liberalismo?

“Polarização” é uma palavra que aparece muito no livro “E a verdade os libertará” para descrever o esforço cultural que existe para empurrar os cidadãos para os extremos do espectro político. Essa radicalização é algo que a vida real herdou da internet, mais especificamente da ação dos algoritmos na forma como nos comunicamos e pensamos.

Na construção do movimento bolsonarista, a guerra contra o jornalismo profissional é um dos ingredientes principais.

O capítulo “A paz” do livro “E a verdade os libertará” fala sobre o ensino de Jesus no Sermão do Monte a respeito da pacificação - a característica que ele espera de seus seguidores. Entretanto, a polarização política brasileira tem levado muita gente a tentar conciliar a mensagem de Jesus com uma atitude de raiva, deboche, agressão verbal e conflito.

Transformar política em questão religiosa é uma saída fácil e eficiente. Em nenhum assunto estamos mais desarmados e mais abertos para o improvável do que nos assuntos relativos à fé. Os políticos sabem disso, seus departamentos de marketing sabem melhor ainda.