Corpo celeste é um projeto de Giovanni Venturini. Criado originalmente como um videopoema, tornou-se um material fotográfico com colagem e texto, ganhou os palcos e agora é apresentado como áudio no podcast Ficções Itaú Cultural. A obra acompanha um corpo celeste errante, chamado erroneamente de “anão” e expulso do sistema por causa de seu tamanho, seu movimento excêntrico, sua rotação retrógrada – tudo fora dos padrões. E quem disse que um dia quis ser planeta? Giovanni Venturini traça...

Solo de Marajó, do grupo Usina, é um espetáculo teatral criado a partir do romance Marajó, o segundo do escritor paraense Dalcídio Jurandir (1909-1979), considerado um expoente da literatura modernista da região Norte. A peça apresenta quatro pequenas narrativas que, reunidas, fazem uma radiografia sobre os modos de vida das populações ribeirinhas na Amazônia. Entre os temas estão expropriação de terras, precarização do trabalho, tráfico de crianças, racismo e violência contra a mulher. ...

Publicado em 1899 por Machado de Assis, Dom Casmurro é um dos maiores romances realistas do mundo. A obra conta a história de Bentinho, um sujeito que se apaixona pela bela Capitu, sua amiga de infância “com olhos de cigana oblíqua e dissimulada”. A trama aborda discussões que seguem presentes no cotidiano hoje, como o machismo, o racismo e as consequências de tais problemas. Ficha técnica Elenco: Amanda Pessoa e Antônio Junior Direção e adaptação: Ligia Prieto Trilha sonora e música...

O espetáculo África, do Bando de Teatro Olodum, traz à cena o continente africano por meio de sua história, seu povo, seus mitos e sua religiosidade. A peça aborda o universo mítico em uma tentativa de suprir a escassez de referenciais africanos no imaginário infantil, povoado de fábulas e protagonistas eurocêntricos. Os personagens revelam o modo de ser do povo africano, as formas de se relacionar com a natureza e com o sagrado e os traços que unem o Brasil, em especial a Bahia, ao...

Vencedor do Prêmio Arte Negra, da Fundação Nacional de Artes (Funarte), o espetáculo Todo camburão tem um pouco de navio negreiro, do grupo Nóis de Teatro, conta a história de Natanael, uma espécie de anti-herói que habita as periferias, um menino negro que, inserido num contexto de opressão e violência, é levado a tomar decisões que lhe custarão um julgamento popular.  Há um forte debate sobre o extermínio da juventude negra nas periferias, sobre a desmilitarização da polícia e sobre a...

O laboratório das alucinações é uma peça de horror cuja estreia aconteceu em 1916 no Théâtre du Grand-Guignol, na cidade de Paris. A Vigor Mortis, companhia especializada no gênero, adaptou a obra, mantendo os horrores construídos pelo autor André de Lorde. A trama envolve traição, horror e lobotomia. Dr. Gorlitz, neurocirurgião, realiza experimentos nada ortodoxos enquanto sua esposa busca o amor com um arqueólogo. Um acidente de carro abrirá as portas para um reino de terror, tortura e...

Em cena, humanos narram memórias e interpretam histórias que se passam no seringal, no meio da Floresta Amazônica, buscando refletir a humanidade e suas relações. O espetáculo lança reflexões sobre temas importantes, como a atuação das mulheres e o silenciamento de suas vozes nos seringais, e questões de justiça e poder, além de discutir o próprio sentido da vida. A borracheira é fruto de estudo e pesquisa cênica sobre narrativas de mulheres que viveram e vivem em um ambiente extremamente...

Esse é um pequeno trecho adaptado da obra "O bem amado", de Dias Gomes, que procura tecer um rápido solo do personagem central, Odorico Paraguaçu, prefeito que tem como principal objetivo conseguir um defunto para inaugurar a sua grande obra: o cemitério da cidade de Sucupira. O dia-a-dia transcorre entre o apoio de conhecidos personagens da trama, como as irmãs Cajazeiras e Dirceu Borboleta, que servem para a construção de um imaginário em sintonia com os tempos de agora e que se...

Crônica de Dias Gomes, criada em 1996 para o jornal O Dia, onde o autor fala sobre o processo de estreia de suas obras. 

Crônica de Dias Gomes, criada em 1996 para o jornal O Dia em homenagem a vida e obra da atriz e produtora Dulcina de Moraes.

Terreiros de candomblé são demolidos e prédios são construídos em átimos de segundos. O tempo, guardião das memórias, entrecruza os caminhos de Janaína, Odé e da lendária mãe Beata, que se encontram em um processo de descoberta da ancestralidade. Forma-se, assim, uma teia entre presente, passado e futuro. No 11º episódio da segunda temporada do Ficções Itaú Cultural, o Grupo Clariô de Teatro interpreta, novamente, um texto do dramaturgo Jhonny Salaberg. Tratores para derrubar...

Campo de algodão. Dois colhedores escravizados. Tula e Zé confabulam sobre um grande muro que existe no fim das plantações e a tão sonhada fuga para o outro lado. Sonhos e medos costuram o valioso tempo, que se repete e se esgota em meio ao trabalho pesado. No décimo episódio da segunda temporada do “Ficções Itaú Cultural”, o Grupo Clariô de Teatro interpreta um texto do dramaturgo Jhonny Salaberg. Espuma Texto: Jhonny Salaberg Direção: Naruna Costa Elenco: Alexandre Souza, Naruna Costa...

No episódio 9 da segunda temporada do podcast “Ficções”, poesia e denúncia se encontram na narrativa do audiodrama "O alarido dos pardais – um documentário cênico sonoro", produzido e dirigido por Marcelo Soler.

O oitavo episódio da segunda temporada do podcast Ficções Itaú Cultural apresenta “A patética perseguição de 4 pessoas sem culpa de nada”. Se o neurótico constrói castelos imaginários e os admira, nesse audiodrama baseado em depoimentos de pessoas diagnosticadas com esquizofrenia, pacientes como a Sra. L., o Sr. P., a Sra. T. e o Sr. G. entram nesses castelos e não conseguem sair.

O episódio 7 da segunda temporada do podcast Ficções apresenta Tataendy: escuridão – a dor infinita, audiodrama que expande o universo dramatúrgico do livro Tybyra – uma tragédia indígena brasileira (2020), de Juão Nyn e que continua a narrativa do episódio anterior.

O episódio 6 da segunda temporada do podcast Ficções traz o audiodrama Caruatapirã: Penumbra – a denúncia, narrativa que expande o universo dramatúrgico do livro Tybyra – uma tragédia indígena brasileira (2020), desenvolvido pelo artista potiguara Juão Nyn. 

No segundo episódio da rádio reality, Débora e Gerson aceitam a proposta do produtor do programa para alavancar os índices de audiência em troca de triplicar o seu cachê, e um dente vai a leilão. Ela faz mudanças radicais em seu visual. Já ele…

No primeiro episódio da rádio reality, Débora e Gerson assinam um contrato para participar de um reality show produzido por uma grande emissora de televisão e experimentam o sabor agridoce do sucesso. Ela quer dinheiro para reformar o seu banheiro; a obra dos seus sonhos demanda materiais caros: porcelanato fosco, torneira preta e azulejo branco com rejunte branco. Já ele quer fama e só pensa em aumentar o número de visualizações dos vídeos do seu canal de churrasco.

Nesta peça do Grupo Magiluth, um grupo de pessoas espera por algo. Algo que não se sabe o que é ou quem é, não se sabe com o que se parece e o que será preciso fazer quando isso chegar.  

Todas as histórias possíveis complementa Tudo que coube numa VHS, ligando os fragmentos de memória que testemunhamos nessa peça – lembranças de um personagem centrado em um relacionamento – a novas narrativas e perspectivas, ainda atravessando múltiplas plataformas digitais.

Em Tudo o que coube numa VHS, nós nos tornamos cúmplices das memórias de um personagem cristalizadas em torno de um relacionamento. A ação é acompanhada via web, por meio de plataformas virtuais de comunicação e entretenimento, numa experiência individual que transporta para uma nova esfera as relações de proximidade entre ator e espectador. Nota - o link citado na última cena é este: https://www.itaucultural.org.br/secoes/podcasts/ficcoes-itau-cultural-ouca-peca-tudo

Jânio Baby (voz de Nuno Lilah Lisboa), garoto propaganda de uma rede de frigoríficos, está em crise e é acometido por tremores, suores, pesadelos e outras situações que podem arruinar sua carreira e a imagem da empresa para a qual trabalha. Nesse cenário, seu tutor Garcês (Cláudio Marconcine) é chamado para tentar resolver a questão.

O podcast Ficções Itaú Cultural – uma série de audiodrama encerra sua primeira temporada com duas peças sonoras do maranhense Igor Nascimento. Neste trabalho, Aurora do Bonfim, o autor e diretor aborda o conceito de “imorribilidade”, usado para definir o abandono da morte.

A peça sonora O silêncio das coisas quietas, com dramaturgia de Marcos Barbosa e Cláudia Barral, deseja desenhar seus trajetos a partir do ser e do estar solitário de sete espaços: Bar, Templo, Rio, Mirante, Parque, Rua e Teatro. No último episódio, um Parque melancólico, uma Rua revoltada e um Teatro cansado de repetição discutem os caminhos da humanidade na pandemia e além.