Vida que segue... um brinde ! [Episódio 10]
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Description
Episódio 10 de 10. Você caminhou comigo, nas últimas semanas, e percorremos uma trajetória de olhar para as feridas da alma e para aquilo que nos faz sofrer, refletindo sobre maneiras para nos recompormos existencialmente.Sinto-me afortunada por ter você em minha companhia, principalmente, na jornada do "ressurgimento das cinzas" narrado no livro "A vida não é do jeito que a gente quer".O propósito do livro é o de ofertar reflexões sobre os momentos dos quais a vida nos lança em situações de adversidade e somos convocados a dar respostas e muitas vezes, obrigados a mudar de rota.Se de fato, a vida não é do jeito que queremos, temos de aprender, com todos os obstáculos e descobrirmos em nossa potência existencial, formas para continuarmos vivos, a fim de assegurarmos a elegância, dignidade e integridade de nossa existência.Saiba que conceber esse podcast não foi nada fácil… Primeiro, ele sucedeu o desafio da recuperação da minha saúde, e elaboração /escrita do livro; logo depois, o desafio de ler minha história, com entrega total, após exatamente 6 anos… resumindo os capítulos e adaptando os textos para podcast, em meio a pandemia global COVID-19, e o novo desafio de me tornar literalmente uma podcaster, aprendendo mais sobre um outro tipo de escuta, a sonoridade.Aprendendo a pensar sobre a trilha, os momentos altos da narração, a escolha dos sons de transição… e a perceber que também posso fazer isso tudo e ampliar outra função de contato, além da visão, pois esse projeto surgiu quando confirmei o glaucoma em maio de 2020, com pequena perda da visão esquerda, fato que me deixou desesperada,uma vez que uma das ações que mais gosto de fazer é escrever. Escrevi para Paula, dizendo sobre minha preocupação em não conseguir mais enxergar o que colocar no papel e minha necessidade de ofertar meus livros, ampliando a acessibilidade para pessoas com baixa visão e cegas.Iniciei um pouco acanhada (tudo era novo e experimental), mas, ao longo dos trabalhos, fui pegando o gosto de fazer… e a cada novo episódio, descobri o sentido de brincar com a arte que cada vez mais se configurou como um novo sentido de vida para mim. Alguns capítulos exigiram 3 dias, ruminando e tentando encontrar os trechos que pudessem convidar o ouvinte, aquele que é o ESCUTA A DOR, para se autorizar na sua própria transformação.Assim como o livro "A vida não é do jeito que a gente quer", o podcast "Se tem Vida, tem Jeito" traz o objetivo de ser um recurso facilitador de acolhimento e da reintegração de nossas partes alienadas.Decidi celebrar o encerramento desta temporada convidando a pessoa que me orientou durante o doutorado e pós-doutorado na USP e a amiga que recomendou a anotar tudo, durante o período do meu tsunami existencial -, minha querida "mamys" Maria Julia Kovács.Paula Caubianco, agradeço por não me deixar na escuridão e por ter caminhado comigo nesta trilha do acolhimento e da Saúde Existencial. Te amo! Gratidão eterna.Querido ouvinte! Te encontro na nova temporada! Se tem vida, tem jeito.  Karina Okajima Fukumitsu é psicóloga, suicidologista, Gestalt-terapeuta, psicopedagoga. Pós-doutorado e doutorado em Psicologia pelo Instituto de Psicologia - USP, Mestre em Psicologia Clínica pela Michigan School of Professional Psychology – EUA. Coordenadora da Pós-graduação em Suicidologia: Prevenção e Posvenção, Processos Autodestrutivos e Luto da Universidade Municipal São Caetano do Sul (USCS) e coordenadora adjunta da Pós-graduação em Gestalt-terapia abordagem clínica e institucional da Universidade Cruzeiro do Sul. Palestrante e autora de livros e artigos sobre prevenção dos processos autodestrutivos, posvenção, luto por suicídio, acolhimento da vida e Gestalt-terapia. Acesse: www.karinafukumitsu.com.br. Agradecimentos: BAYoutube.
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Suicídio é perda definitiva, repentina e violenta. O enlutado por suicídio deverá lidar com o nunca mais: essa é a trágica situação dos sobreviventes, ou seja, das pessoas impactadas pelo suicídio. O nunca mais pode apavorar. O nunca mais corrói a alma. Sem a vida daquele que partiu, o amor não...
Published 06/27/21
Published 06/27/21
Defino o suicídio como a confirmação concreta da descontinuidade do sentido de vida. É o ápice do processo de morrência, processo do definhar existencial que exibe uma complexidade de comportamentos autodestrutivos e é ato de comunicação de dor sentida e não consentida e por esse motivo, é...
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