As perdas relacionadas com saúde, doença e com o corpo. A sensação de paralisia [Episódio 05]
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Episódio 5 de 10.  Adoecer não é processo fácil, pois nos lança em um lugar do desconhecimento puro de ter de lidar com várias restrições e limites que são impostos de uma hora para outra, sem aviso prévio e absolutamente contra nossa vontade. Somos obrigados a lidar com o novo indesejável e nos damos conta das nossas próprias limitações e sobre o quanto somos frágeis e vulneráveis. Todas as vezes que uma perda chega em nossa morada existencial, sobretudo pela invasão na corporeidade, existe a necessidade de compreensão pelos questionamentos. É nesse momento que a frase de Oscar Wilde faz sentido “o que nos parece uma provação amarga pode ser uma bênção disfarçada”. Nos tornamos doentes, mas não somos doentes. Quero com isso, ressaltar que adoecimento pode ser uma etapa de sua história e que estar doente não significa ser doente. Mas como é possível se proteger da doença se ela nos convoca a olhar para o limite de ser um humano? Nosso sofrimento e reconciliação será o roteiro desta nova temporada. Despejados do que supostamente acreditávamos ser nosso porto-seguro, em muitas vezes, somos obrigados a encarar aquilo que se dependesse de nossa vontade, nunca e em hipótese alguma, passaríamos pela experiência. Por saber que a vida não é do jeito que a gente quer”, dizer adeus de forma forçosa não é a melhor maneira de se viver e se enlutar é tarefa árdua que todos nós temos de experienciar. Vem comigo nessa jornada, espero você, todo domingo às 18 horas de Brasília-Brasil. Karina Okajima Fukumitsu é psicóloga, suicidologista, Gestalt-terapeuta, psicopedagoga. Pós-doutorado e doutorado em Psicologia pelo Instituto de Psicologia - USP, Mestre em Psicologia Clínica pela Michigan School of Professional Psychology. Coordenadora da Pós-graduação em Suicidologia: Prevenção e Posvenção, Processos Autodestrutivos e Luto da Universidade Municipal São Caetano do Sul (USCS) e coordenadora adjunta da Pós-graduação em Gestalt-terapia abordagem clínica e institucional e da Pós-graduação Morte e Psicologia: promoção da saúde e clínica ampliada da Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL). Palestrante e autora de livros e artigos sobre prevenção dos processos autodestrutivos, posvenção, luto por suicídio, acolhimento da vida e Gestalt-terapia. Siga nosso Instagram: @setemvidatemjeito. Acesse: https://linktr.ee/karinafukumitsu Trilhas: Dreamland, Aakash Gandhi | Maryandra's Waltz, Jesse Gallagher | Hovering Thoughts, Spence | No.5 The Day I Met Her - Esther Abrami | I Think I Can Help You, The Ten Names| Allégro, Emmit Fenn Roteiro e Co-produção: Karina Okajima Fukumitsu | Produção: Paula Caubianco
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Suicídio é perda definitiva, repentina e violenta. O enlutado por suicídio deverá lidar com o nunca mais: essa é a trágica situação dos sobreviventes, ou seja, das pessoas impactadas pelo suicídio. O nunca mais pode apavorar. O nunca mais corrói a alma. Sem a vida daquele que partiu, o amor não...
Published 06/27/21
Published 06/27/21
Defino o suicídio como a confirmação concreta da descontinuidade do sentido de vida. É o ápice do processo de morrência, processo do definhar existencial que exibe uma complexidade de comportamentos autodestrutivos e é ato de comunicação de dor sentida e não consentida e por esse motivo, é...
Published 06/20/21